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TRIBUTOS
Redução é para bens de capital
Prazo para compensar PIS/Cofins será menor
MAELI PRADO
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
O governo vai reduzir o prazo
para as empresas compensarem o
PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para bens de capital de
dez para quatro anos.
A informação é do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda),
que afirmou ontem que "essa é
uma reivindicação antiga do setor
que dá um impulso a mais na
aquisição de bens de capital".
Essa decisão foi uma resposta à
solicitação da CNI (Confederação
Nacional da Indústria). "A CNI
esteve na semana passada com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vários ministros apresentando uma pauta muito séria em relação ao crescimento econômico,
e uma das questões que foram colocadas com ênfase foi a redução
do prazo de compensação da Cofins, hoje em dez anos", disse Palocci.
Segundo relatou o ministro,
após um "primeiro entendimento
na visita ao Senado" na semana
passada, a entidade e o ministro
Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior) foram informados que a
redução no prazo para compensação -que vale para bens de capital nacionais e importados-
foi aprovada.
A mudança será incluída em
um projeto ainda em análise no
Senado e que será votado na Câmara dos Deputados. "Os senadores ficaram de incluir essa mudança na votação da nova MP da
Cofins [para reduzir a contribuição sobre produtos importados],
que está prevista para ser votada
na próxima semana."
"É preciso colocar na lei, mas já
demos nossa concordância para
que isso ocorra", disse Palocci. As
mudanças negociadas com o Senado na medida provisória que
criou a Cofins sobre produtos importados modificará a forma de
tributação em 16 áreas -deve haver redução em todas.
Medida é positiva, diz CNI
Por meio de nota, a CNI informou que "considera extremamente positiva a medida". "Além
de reduzir o custo do investimento, a medida deve propiciar melhores condições para que o país
possa oferecer empregos e assegurar o crescimento econômico a
curto e médio prazos", afirma no
texto o presidente da entidade,
deputado Armando Monteiro
Neto (PTB-PE).
Segundo a CNI, Palocci teria
adiantado que está "em fase final
de análise pela equipe econômica
a possibilidade de implementar,
já no segundo semestre, um movimento de nova dilatação [ampliação] nos prazos de recolhimento do IPI, antecipando um
cronograma que estava previsto
para 2005".
Durante este ano o período de
apuração é quinzenal, com o pagamento até o último dia útil do
decêndio subseqüente. A partir
de 2005 a apuração será mensal,
com o pagamento até o último dia
útil da quinzena subseqüente.
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