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Exportador quer importar
máquinas
DA REPORTAGEM LOCAL
Cansados de pedir uma
intervenção para frear a
queda do dólar, os exportadores agora propõem
que o Brasil aproveite o
câmbio favorável para importar máquinas e reaparelhar seu parque industrial. Além de viabilizar o
investimento na indústria,
a importação levaria à saída de dólares e permitiria
a depreciação do real.
"Só pagamos o ônus do
câmbio, com a queda das
exportações. Precisamos
levar o bônus e importar
máquinas a preços competitivos. O parque industrial brasileiro está obsoleto. Há dez anos de atraso.
Precisamos usar esta
oportunidade para trazer
novas indústrias ao país",
disse Primo Roberto Segatto, presidente da Abracex (Associação Brasileira
de Comércio Exterior).
Para ele, o dólar deve ficar abaixo de R$ 2 já nos
próximos dias. Ele afirma
que em menos de R$ 2
apenas os exportadores de
commodities, como minério de ferro e de aço, sobreviverão. "Com este câmbio, não há espaço para os
produtos manufaturados
competirem no exterior,
só commodities. Vamos
voltar a exportar pau-brasil", disse.
Segundo a associação
dos exportadores, o câmbio atual inviabiliza os setores de autopeças, móveis, têxteis, calçados e
eletroeletrônicos.
O próximo prejudicado
será o setor de papel e celulose, que terá de voltar
sua produção para o mercado interno.
Para a associação, o
câmbio ideal para manter
a competitividade do Brasil no exterior seria o dólar
entre R$ 2,50 e R$ 2,80.
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