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Vizinho taxa exportação para conter preços
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
O trigo não é motivo de desentendimento só entre Brasil e Argentina, mas também
entre o governo da presidente Cristina Kirchner e os produtores rurais. Em março, os
ruralistas realizaram um locaute agropecuário durante
21 dias, contra o aumento de
impostos sobre as exportações de soja e girassol.
A medida faz parte da mesma política de restrição às
exportações aplicada à soja e
a outros alimentos, implementada desde o governo de
Néstor Kirchner (2003-2007). O governo teria duas
motivações principais com o
aumento de impostos: conter os preços dos alimentos
no mercado interno e garantir o abastecimento. Mas o
locaute teve efeito contrário
e gerou desabastecimento no
país de carne e laticínios.
O conflito entre campo e
governo agora passa por um
período de trégua. Uma das
promessas do governo para
acalmar os produtores havia
sido justamente reabrir as
exportações de trigo.
Em vez disso, na semana
passada, a suspensão, que seria reaberta anteontem, foi
prorrogada mais uma vez.
A economia argentina vem
apresentando um crescimento de mais de 8% anuais
há cinco anos. Um dos principais motivos para a expansão da economia é o elevado
preço de suas commodities,
como o trigo e a soja, no mercado internacional. A exportação de carne, muito requisitada no exterior, também foi suspensa.
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