São Paulo, quarta-feira, 23 de maio de 2001

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MERCADO FINANCEIRO

No primeiro dia do Copom, mercado opera com bastante volatilidade; dólar recuou 0,22%

Bolsa encerra pregão com baixa de 2%

DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro dia da reunião do Copom, o mercado doméstico operou com bastante volatilidade. A Bovespa e o dólar alternaram momentos de alta e de baixa durante os negócios.
A Bolsa paulista encerrou o pregão em baixa de 1,97%, depois de chegar a subir 0,5% no início da tarde. As desvalorizações das ações de telecomunicações foram as principais responsáveis pela baixa da Bovespa.
Já o dólar comercial, que chegou a cair mais de 1%, fechou vendido a R$ 2,326, valorização de 0,22%.
A expectativa de aumento na Selic (juros básicos) na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que termina hoje, tem reflexos negativos no mercado acionário: juros mais altos estimulam a migração dos investidores da Bolsa para as aplicações em renda fixa, que, além de serem mais seguras, ganham atratividade.
As projeções dos juros futuros encerraram os negócios ontem indicando uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa básica.
O contrato DI (juro interbancário) negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), com prazo em junho, fechou em 17,03% anuais.
No pregão da Bolsa, os papéis preferenciais da Telesp Celular Participações devolveram parte do forte ganho de ontem e terminaram o dia liderando as desvalorizações, com baixa de 8%.
As ações da Embratel e da Tele Leste Celular também terminaram com baixa expressiva. O papel preferencial da Embratel Participações recuou 7,4% e o ordinário (com direito a voto) da empresa caiu 6,1%. Tele Leste Celular PN perdeu 5,2%.
"Depois de subir bastante nos últimos pregões, enquanto os papéis de energia apanhavam, era esperado que os investidores quisessem realizar um pouco os ganhos com as ações das teles", afirma Michel Campanella, da corretora Socopa.
O Tesouro Nacional realizou ontem leilão de LTNs (Letras do Tesouro Nacional). As instituições pediram taxa máxima de 20,16% pelo lote de R$ 1 bilhão em títulos prefixados com prazo de resgate em outubro.
No último leilão, o mercado pediu taxas maiores (21,68%) para ficar com papéis semelhantes.
(FABRICIO VIEIRA)


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