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São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2003

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Governo faz economia extra de R$ 6,1 bilhões

SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo central economizou entre janeiro e abril R$ 6,1 bilhões a mais do que havia programado para o período. As receitas subiram, mas boa parte da queda está sendo causada por represamento de gastos em alguns ministérios.
Ontem, o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, informou que o superávit primário (receitas maiores que despesas, exceto pagamento de juros) de abril foi recorde para o mês e atingiu R$ 9,8 bilhões. A conta inclui Tesouro, Previdência e BC.
Para os primeiros quatro meses do ano, o superávit programado era de R$ 18,8 bilhões, mas o Tesouro obteve R$ 24,9 bilhões. Em relação ao PIB, o resultado deste ano é de 4,97%. No mesmo período do ano anterior, era de 4,08%.
O superávit também é maior que o acertado com o Fundo Monetário Internacional para todo o setor público (inclui governos estaduais e municipais e empresas estatais), cuja meta é de 4,25% do PIB para 2003.
Segundo Levy, os ministérios deixaram de gastar R$ 2,5 bilhões que foram liberados no primeiro quadrimestre. Ou seja, não estão gastando recursos que sobraram após os cortes orçamentários anunciados em fevereiro.
"Os ministérios da área social estão gastando mais de 90% do que é liberado, mas existem outros que estão reordenando suas prioridades, avaliando a herança que receberam do governo anterior", explicou Levy.
O fato é que o problema de execução já existia no governo anterior. De acordo com o Tesouro, ministérios que não são da área social estão deixando de gastar cerca de 30% dos recursos disponíveis, em média. Levy afirmou, porém, que o ritmo dos gastos deve aumentar nos próximos meses.
Além da redução nas despesas, o secretário disse que houve um excesso de arrecadação de R$ 1 bilhão entre os tributos administrados pela Receita Federal.
Por causa do excesso de arrecadação, o ministro Guido Mantega (Planejamento) já informou que uma parte dos cortes orçamentários deverá ser revista nos próximos dias.


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