ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES

O ritmo de recuperação da economia argentina começou a perder o fôlego. Entres os motivos estão a falta de crédito para financiar investimentos, a valorização do peso e a desaceleração da economia no Brasil.
A indústria argentina, que cresceu 7,6% nos primeiros três meses do ano e ajudou a puxar a expansão de 5,4% do PIB (Produto Interno Bruto), não teve o mesmo desempenho no segundo trimestre. Entre abril e junho, a atividade industrial recuou 0,5%.
O volume menor das exportações para o Brasil é um dos motivos, diz o Indec (órgão de estatísticas do governo). O mercado brasileiro é o principal destino das exportações argentinas -compra quase 19% do total-, depois da União Européia, que fica com 20%. Só em maio, as exportações argentinas para o Brasil recuaram 25%. O setor mais afetado foi a indústria manufatureira, cujas vendas caíram 37% em maio e 17% no ano.


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