São Paulo, segunda-feira, 23 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Inflação em alta "consome" parte da rentabilidade

DA REPORTAGEM LOCAL

A maior pressão sobre os preços no primeiro semestre fez com que algumas aplicações financeiras não conseguissem bater a inflação no período. Ter uma rentabilidade real (descontada a inflação) se tornou mais difícil.
O IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), medido pela Fundação Getúlio Vargas, subiu 6,78% no primeiro semestre e devorou boa parte do ganho registrado pelas principais aplicações.
Os fundos DI ou de renda fixa, formados principalmente por títulos públicos que acompanham as oscilações dos juros -e que são mais da metade do patrimônio líquido de R$ 551,5 bilhões do mercado de fundos-, têm ganhado por muito pouco da inflação.
Os fundos referenciados DI deram rentabilidade média de 7,56% nos primeiros seis meses do ano, ou seja, menos de um ponto percentual acima da inflação.
Já a caderneta de poupança acumulou rentabilidade de apenas 3,83% no primeiro semestre. Até aqui, no acumulado do ano, o retorno da poupança foi de 5,29%, um dos mais baixos.
Após um forte movimento positivo de aplicações registrado especialmente no primeiro trimestre deste ano, o mercado de fundos de investimento tem sofrido saques importantes nos últimos meses.
Desde abril, os resgates têm superado as aplicações na indústria de fundos mês a mês. Em agosto, até o dia 17, a captação dos fundos estava negativa em R$ 1,95 bilhão. Os dados são da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
(FV)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Opinião econômica - Marcos Cintra: Vôo de galinha
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.