|
Texto Anterior | Índice
Pioneiro, Brasil prepara 1º leilão de carbono em Bolsa
DA REDAÇÃO
O Brasil tem se destacado por
pioneirismo em alguns temas
relacionados ao mercado de
crédito de carbono. Foi a delegação do país que sugeriu os
moldes do que se tornou o
MDL -Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, previsto no
Protocolo de Kyoto. Foi brasileiro o primeiro projeto de
MDL registrado no mundo.
Foi assinado aqui, no final do
mês passado, o primeiro contrato de compra de créditos de
carbono para o período pós-Kyoto, que termina em 2012. É
um projeto de geração de energia a partir de biomassa de
bambu, na Bahia.
E será no Brasil, mais precisamente na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros), que
ocorrerá o primeiro leilão
mundial de créditos de carbono
no mercado à vista, na próxima
quarta-feira, em parceria com a
Prefeitura de São Paulo.
Os créditos vendidos no leilão envolvem a despoluição obtida no aterro Bandeirantes,
que recebeu lixo doméstico da
cidade de São Paulo.
Segundo Marco Aurélio
Giordano, administrador do
projeto UTE Bandeirantes, o
programa já passou da marca
de 1,5 milhão de créditos de
carbono e a venda de parte desses certificados na Europa já
pagou o investimento feito. No
leilão, serão vendidas 808.450
toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO2e), a medida usada nesse mercado.
Hoje, a energia gerada com a
queima desses gases abastece
parte da rede do Unibanco em
São Paulo. "A usina tem capacidade de geração de 170 mil
MWh, suficiente para uma cidade com 400 mil habitantes."
A técnica consiste em converter o metano, gerado pelo lixo, em gás carbônico, com a
queima controlada do CH4.
Embora haja emissão de CO2, o
ganho se explica pelo fato de o
metano tem um teor poluente
21 vezes maior do que o do gás
carbônico. Assim, a conversão
de uma substância em outra
gera créditos de carbono.(FSa)
Texto Anterior: Dispara procura para zerar emissão de gases Índice
|