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ENERGIA
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o aumento no consumo foi de 7,58%
Calor amplia consumo de luz, mas ONS descarta "apagão"
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O forte calor do mês de outubro
aumentou o consumo de energia
elétrica. De acordo com o ONS
(Operador Nacional do Sistema
Elétrico), de setembro para outubro, a temperatura média subiu
10ºC. Com o calor, segundo dados
preliminares, cresceu o uso de
aparelhos como ar-condicionado,
que consomem muita energia elétrica.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o aumento no consumo de
energia elétrica foi de 7,58% em
relação ao que estava previsto para o mês de outubro. Na região
Nordeste, o crescimento em relação ao previsto para o mês foi de
0,65%.
Hábitos de consumo
Mesmo com o aumento no consumo de energia, os gastos ainda
estão dentro do planejado. O governo previa que o consumo em
2002 ficasse 7% abaixo do estimado antes do racionamento.
Por causa dos hábitos de economia adquiridos no racionamento
e do uso de equipamentos mais
eficientes na indústria, a redução
espontânea de consumo estava
sendo maior, na casa dos 12%.
Com o calor do mês de outubro,
as regiões Sudeste, Centro-Oeste e
Nordeste se aproximaram da previsão de consumo 7% inferior ao
mercado projetado antes do racionamento.
No acumulado do ano, no entanto, o consumo ainda está cerca
de 12% inferior ao projetado antes
do racionamento.
Racionamento
Mesmo com o aumento do consumo de energia, o presidente do
ONS, Mário Santos, descartou a
possibilidade de novo racionamento neste ano. "Os reservatórios das hidrelétricas estão muito
mais cheios do que no mesmo período do ano passado", disse Santos.
Na segunda-feira, o nível de
água dos reservatórios das usinas
hidrelétricas das regiões Sudeste e
Centro-Oeste estava com 43,37%
de sua capacidade. No Nordeste,
os reservatórios estavam em
27,65%. Na mesma data em 2001,
o nível era 21,48% no Sudeste e
Centro-Oeste e 9,44% no Nordeste.
Mário Santos considerou pouco
provável que haja racionamento
de energia em 2003. Para haver
falta de energia no ano que vem,
segundo ele, seria necessário que
chovesse menos do que 65% da
média histórica ou que não entrassem em operação usinas capazes de gerar mais 5.000 MW,
previstas para o ano que vem.
Os cálculos do ONS levam em
conta crescimento de 5% na demanda por energia.
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