São Paulo, quarta-feira, 23 de outubro de 2002

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ENERGIA

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o aumento no consumo foi de 7,58%

Calor amplia consumo de luz, mas ONS descarta "apagão"

HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O forte calor do mês de outubro aumentou o consumo de energia elétrica. De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), de setembro para outubro, a temperatura média subiu 10ºC. Com o calor, segundo dados preliminares, cresceu o uso de aparelhos como ar-condicionado, que consomem muita energia elétrica.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o aumento no consumo de energia elétrica foi de 7,58% em relação ao que estava previsto para o mês de outubro. Na região Nordeste, o crescimento em relação ao previsto para o mês foi de 0,65%.

Hábitos de consumo
Mesmo com o aumento no consumo de energia, os gastos ainda estão dentro do planejado. O governo previa que o consumo em 2002 ficasse 7% abaixo do estimado antes do racionamento.
Por causa dos hábitos de economia adquiridos no racionamento e do uso de equipamentos mais eficientes na indústria, a redução espontânea de consumo estava sendo maior, na casa dos 12%.
Com o calor do mês de outubro, as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste se aproximaram da previsão de consumo 7% inferior ao mercado projetado antes do racionamento.
No acumulado do ano, no entanto, o consumo ainda está cerca de 12% inferior ao projetado antes do racionamento.

Racionamento
Mesmo com o aumento do consumo de energia, o presidente do ONS, Mário Santos, descartou a possibilidade de novo racionamento neste ano. "Os reservatórios das hidrelétricas estão muito mais cheios do que no mesmo período do ano passado", disse Santos.
Na segunda-feira, o nível de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste estava com 43,37% de sua capacidade. No Nordeste, os reservatórios estavam em 27,65%. Na mesma data em 2001, o nível era 21,48% no Sudeste e Centro-Oeste e 9,44% no Nordeste.
Mário Santos considerou pouco provável que haja racionamento de energia em 2003. Para haver falta de energia no ano que vem, segundo ele, seria necessário que chovesse menos do que 65% da média histórica ou que não entrassem em operação usinas capazes de gerar mais 5.000 MW, previstas para o ano que vem.
Os cálculos do ONS levam em conta crescimento de 5% na demanda por energia.


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