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COMBUSTÍVEIS
Preço sobe 2,58%, ante previsão de 1,6%
Gasolina aumenta mais na bomba do que o estimado pela Petrobras
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A primeira pesquisa de preço da
ANP (Agência Nacional do Petróleo) que captou uma semana
completa desde o reajuste dos
combustíveis revelou que a gasolina subiu mais nas bombas do
que o previsto pela Petrobras.
A alta no preço da gasolina ao
consumidor foi de 2,58%. A estatal estimou, na época do reajuste,
um aumento de 1,6% nos postos
revendedores.
Pelos dados da ANP, coletados
em todo o país, o preço médio da
gasolina passou de R$ 2,135, na
semana encerrada em 16 de outubro, para R$ 2,190, na semana que
terminou no dia 23 deste mês.
No dia 14, a Petrobras anunciou
reajuste de 4% no preço da gasolina nas refinarias. Para o diesel, a
alta foi de 6%. A elevação ficou
abaixo do esperado por especialistas, que apontaram critérios
políticos na definição do índice.
Eles apostam em um novo reajuste após o segundo turno das
eleições municipais, já que o reajuste nem sequer fez os preços domésticos se aproximarem dos internacionais. Há ainda uma defasagem na casa dos 20%.
Diesel
No caso do diesel, a Petrobras
havia previsto aumento de 3,8%,
se as margens de lucro das distribuidoras e dos postos de combustíveis ficassem estáveis. O aumento verificado pelo ANP foi um
pouco maior: 4,11%. O preço médio do produto subiu de R$ 1,492
para R$ 1,556.
Tanto para o diesel como para a
gasolina, a Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de
Combustíveis e Lubrificantes) havia estimado reajustes ao consumidor muito parecidos com os
previstos pela estatal.
Em São Paulo, o mercado de
maior competição no país, a gasolina teve um aumento menor nas
bombas. A alta foi de apenas
0,40%, menos do que a Petrobras
esperava. O preço passou de R$
2,016 para R$ 2,024.
No caso do diesel, porém, o reajuste ficou maior do que o previsto. O aumento foi de 4,54% -de
R$ 1,477 para R$ 1,544.
Segundo a pesquisa da ANP, os
revendedores elevaram suas margens brutas (sem descontar os
custos da operação do posto) de
lucro em 12,5% na comercialização de gasolina. Na venda de diesel, a margem subiu 24%.
O levantamento da ANP não divulga a margem das distribuidoras. Por isso, não é possível saber
se os postos aumentaram suas
margens ou se estão apenas repassando uma elevação praticada
pelas distribuidoras.
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