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Atrás de neve, brasileiro domina "Brasiloche'
DE BUENOS AIRES
"Brasiloche". Esse foi o apelido dado pela imprensa argentina à cidade que, mais do que
nunca, acabou dominada por
brasileiros na temporada de inverno. Encantados pela oportunidade de conhecer a neve e
esquiar, turistas que nunca tinham deixado o Brasil visitaram Bariloche neste ano.
Com funcionários com o
"portunhol" na ponta da língua,
22 hotéis receberam exclusivamente brasileiros de junho a
setembro. A temporada terminou oficialmente no mês passado, mas ainda havia movimento no início deste mês. A estimativa é que 40 mil brasileiros
tenham visitado Bariloche.
A operadora CVC, que diz
ocupar 70% desse mercado, teve neste ano 15 vôos charter semanais do Brasil para Bariloche. Em 2000, era apenas um
por semana, e, em 2003, seis.
A operadora diz que foi a primeira vez que realizou saídas
de vôos diretos de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e São
José dos Campos, além dos habituais Rio e São Paulo.
"A diferença entre o real e o
peso faz a Argentina ficar mais
atrativa, e Bariloche oferece o
que o brasileiro quer: neve",
afirma Gustavo Batica, gerente
receptivo da CVC Argentina.
Os turistas, de acordo com as
operadoras, consultam sempre
as previsões meteorológicas e,
se por acaso percebem que não
deve nevar, adiam a viagem.
O jornal "Clarín" chegou a
comparar a alegria dos brasileiros ao dar seus primeiros passos na neve à emoção de Neil
Armstrong ao pisar na Lua.
De Bariloche, Andréa Rossi
Corrêa, 31, publicitária, contou
à Folha na semana passada que
nunca tinha esquiado até aquela viagem. "Todo mundo fica
encapotado, parecendo um
pingüim com aquelas roupas."
Segundo ela, o custo-benefício foi o que pesou na hora de
escolher viajar logo após o término da temporada. "O preço
não muda muito, mas, no começo da baixa temporada, o
movimento é menor, não tem
fila para teleférico, e ainda dá
para brincar na neve".
(BL)
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