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Banco dos EUA perde US$ 24 bi; Bolsa cai 5%
Wachovia, vendido ao Wells Fargo, registra no 3º tri maior prejuízo do setor financeiro; as 30 ações do Dow Jones caem
Resultados ruins das grandes empresas, com exceção do McDonald's, revelam abrangência da crise; Merck demitirá 7.200
DA REDAÇÃO
Os maus resultados de empresas americanas de diversos
setores (como o Wachovia, que
teve o maior prejuízo de um
banco) e as perspectivas de que
os próximos meses serão ainda
piores para a economia derrubaram ontem as Bolsas nos
EUA, apesar de o setor de crédito -que era a grande preocupação há poucos dias- continuar
se descongelando.
O principal índice da Bolsa
de Nova York, o Dow Jones,
chegou a recuar mais de 7%, se
aproximando da maior queda
do ano (de 7,87%, na quarta-feira da semana passada), antes de
fechar com desvalorização de
5,69%, a quarta pior do ano.
Todas as 30 empresas que
compõem o índice, como GM,
Coca-Cola e Microsoft, tiveram
quedas, mostrando que os temores não estão concentrados
em um único setor.
Já o S&P 500, que é um termômetro ainda mais calibrado
da economia por ser mais amplo, recuou 6,10% e fechou em
896,78 pontos -o seu menor
nível desde abril de 2003. A
Nasdaq, de tecnologia, se desvalorizou ontem em 4,77%.
O Wachovia, o banco que recentemente foi negociado com
o Wells Fargo, perdeu US$
23,89 bilhões no terceiro trimestre e acumula prejuízo de
US$ 33,47 bilhões no ano. O
prejuízo do Wachovia de julho
a setembro é o maior da história de uma instituição financeira e significa que, em três meses, o banco perdeu mais que o
PIB do Uruguai no ano passado: de US$ 23,25 bilhões.
A GM teve no terceiro trimestre de 2007 um prejuízo de
US$ 38,96 bilhões, que foi a
maior perda trimestral de uma
empresa negociada em Bolsa.
A companhia farmacêutica
Merck teve uma queda de 28%
no seu lucro de julho a setembro em relação ao mesmo período do ano passado e anunciou que demitirá 7.200 funcionários (60% deles no exterior).
Além delas, a Boeing (que teve uma queda de 38% nos seus
ganhos) e a AT&T tiveram resultados desapontadores, apesar de a telefônica ter tido alta
de 5,5% no seu lucro -ainda assim abaixo das estimativas.
Um dos raros dados positivos
foi o balanço do McDonald's,
com lucro 11% maior, de US$
1,19 bilhão, no terceiro trimestre. A rede de lanches também
cresceu nos EUA, mostrando
que o consumidor está buscando alternativas mais baratas de
refeição.
O outro dado otimista foi que
os bancos estão retomando a
confiança para emprestarem
entre eles. A taxa Libor para
empréstimos de três meses em
dólar recuou pela oitava sessão
seguida. Ontem, caiu mais 0,29
ponto percentual, para 3,54%.
Já a taxa para empréstimos de
um dia está em 1,12%, o seu menor nível desde junho de 2004.
Com agências internacionais
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