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MERCADO FINANCEIRO
Moeda fechou ontem a R$ 2,755; ações da Porto Seguro fazem estréia no pregão da Bolsa paulista
Dólar já se desvalorizou 3,64% neste mês
DA REPORTAGEM LOCAL
Já chega a 3,64% a desvalorização do dólar diante do real neste
mês. Ontem, a moeda caiu 1,11% e
foi a R$ 2,755, em seu menor nível
desde junho de 2002.
A baixa procura pela moeda no
mercado de câmbio tem sido
apontada como o principal fator
para justificar sua queda. Mas é
importante lembrar que o dólar
também tem sofrido desvalorização recente diante de outras moedas além do real.
Operações como a fechada ontem pelo banco Votorantim
-que captou o equivalente a US$
75 milhões em inéditos eurobônus denominados em reais- têm
favorecido a tendência de baixa
do dólar.
Para este último bimestre, analistas esperavam que houvesse
certa pressão sobre a moeda por
dois motivos: aumento das importações, característica desse período do ano, e maior vencimento
de dívidas privadas no mercado
internacional. Mas esse cenário
não tem se confirmado na prática.
Com isso, não falta gente no
mercado financeiro especulando
com a possibilidade de o Banco
Central voltar a comprar dólares.
Esse tipo de ação ajuda a evitar
que a moeda caia mais. Dólar em
níveis muito baixos, a ponto de
prejudicar o desempenho das exportações, não interessa ao governo, alertam analistas financeiros.
Neste ano, a moeda norte-americana acumula desvalorização de
5,07%.
Novata
Ontem foi a vez das ações da seguradora Porto Seguro estrearem
na Bolsa de Valores de São Paulo,
seguindo tendência de abertura
de capital de várias empresas neste ano.
Em seu primeiro dia de negócios, o papel da seguradora movimentou R$ 83,7 milhões, segundo
maior giro financeiro do pregão.
A ação fechou com valorização de
6,40% (em relação a seu preço de
lançamento).
O Ibovespa, principal índice da
Bolsa paulista, registrou alta de
1,71%.
Na sexta-feira, foi a Diagnósticos da América que fez sua estréia
no pregão. Ontem o papel da empresa recuou 2,12%, mas, no dia
de seu lançamento, havia disparado 20% em relação a seu preço
inicial.
Com os vários novos lançamentos de ações, 2004 já é o melhor
ano para a Bovespa desde 1996.
(FABRICIO VIEIRA)
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