São Paulo, terça-feira, 23 de novembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Moeda fechou ontem a R$ 2,755; ações da Porto Seguro fazem estréia no pregão da Bolsa paulista

Dólar já se desvalorizou 3,64% neste mês

DA REPORTAGEM LOCAL

Já chega a 3,64% a desvalorização do dólar diante do real neste mês. Ontem, a moeda caiu 1,11% e foi a R$ 2,755, em seu menor nível desde junho de 2002.
A baixa procura pela moeda no mercado de câmbio tem sido apontada como o principal fator para justificar sua queda. Mas é importante lembrar que o dólar também tem sofrido desvalorização recente diante de outras moedas além do real.
Operações como a fechada ontem pelo banco Votorantim -que captou o equivalente a US$ 75 milhões em inéditos eurobônus denominados em reais- têm favorecido a tendência de baixa do dólar.
Para este último bimestre, analistas esperavam que houvesse certa pressão sobre a moeda por dois motivos: aumento das importações, característica desse período do ano, e maior vencimento de dívidas privadas no mercado internacional. Mas esse cenário não tem se confirmado na prática.
Com isso, não falta gente no mercado financeiro especulando com a possibilidade de o Banco Central voltar a comprar dólares. Esse tipo de ação ajuda a evitar que a moeda caia mais. Dólar em níveis muito baixos, a ponto de prejudicar o desempenho das exportações, não interessa ao governo, alertam analistas financeiros.
Neste ano, a moeda norte-americana acumula desvalorização de 5,07%.

Novata
Ontem foi a vez das ações da seguradora Porto Seguro estrearem na Bolsa de Valores de São Paulo, seguindo tendência de abertura de capital de várias empresas neste ano.
Em seu primeiro dia de negócios, o papel da seguradora movimentou R$ 83,7 milhões, segundo maior giro financeiro do pregão. A ação fechou com valorização de 6,40% (em relação a seu preço de lançamento).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, registrou alta de 1,71%.
Na sexta-feira, foi a Diagnósticos da América que fez sua estréia no pregão. Ontem o papel da empresa recuou 2,12%, mas, no dia de seu lançamento, havia disparado 20% em relação a seu preço inicial.
Com os vários novos lançamentos de ações, 2004 já é o melhor ano para a Bovespa desde 1996.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Crise: Donald Trump pede concordata voluntária
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.