DA REPORTAGEM LOCAL

Motoristas que alugaram carros de locadora e foram parados ontem durante a operação "De Olho na Placa" pretendem acionar as locadoras por danos causados.
"Perdi visita a clientes e deixei de fechar negócios com futuros representantes comerciais do meu produto", diz José Paulo da Silva, 27, supervisor da equipe de vendas da DJ Cachaça, empresa de Divinópolis (MG). Ele diz que a empresa alugou três carros da Primo Rossi para visitar clientes na cidade e um deles foi apreendido.
"O patrão ficou furioso. Certamente a nossa empresa deve buscar reparação pelos prejuízos causados. Fora o desgaste de ficar desde as 8h30 até mais de 14h para tentar resolver essa situação", afirmou.
Representantes da Primo Rossi afirmaram que vão estudar as medidas jurídicas que serão tomadas por conta da apreensão de 15 de seus veículos. A empresa atua no setor há mais de 20 anos e tem cinco escritórios em quatro Estados.
"O que é um absurdo é que eu estava indo para o trabalho e tive de vir para a delegacia como se fosse um bandido. Por que os fiscais não vão para cima das locadoras, dos seus estacionamentos e levam de uma só vez os carros irregulares?", questiona o motorista particular Edson Aparecido da Silva, 40.
Ele foi contratado para levar ontem uma família de São Paulo para o Guarujá, com um Astra alugado da Interlocadora. "Foram R$ 168 de aluguel e mais o prejuízo de perder o dia na delegacia." Segundo documentos que estavam com ele, o carro tem placa de Palmas (TO). "Os policiais disseram que o endereço que consta no documento é de um falso escritório no Tocantins."
Funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviço para a Telefônica também informaram que cerca de 60 carros da Avis tiveram documentos apreendidos. Os responsáveis pela locadora não foram localizados.
"Os veículos são de propriedade de empresas de locação de automóveis, com as quais a Telefônica mantém contratos de aluguel. A documentação desses automóveis é de total responsabilidade dessas empresas", afirmou a assessoria de imprensa da Telefônica, a qual disse ainda que não houve comprometimento dos serviços prestados. (CR e FF)


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