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CONJUNTURA
Economia norte-americana se expandiu 5,7% no terceiro trimestre, acima dos 5,5% já divulgados
EUA crescem mais do que o anunciado
JOSÉLIA AGUIAR
da Redação
Os EUA fizeram pela terceira
vez os cálculos de quanto sua economia cresceu no trimestre passado e descobriram que o avanço
foi maior do que o anunciado.
O PIB, que mede a riqueza produzida pelo país, subiu 5,7% entre
julho e setembro, mais do que os
4,8% e os 5,5% que haviam sido
calculados da primeira e da segunda vez.
A expansão norte-americana,
que está prestes a ingressar em
seu nono ano consecutivo, continua sendo impulsionada em
grande parte pelo consumo interno.
Quando os cálculos do PIB foram refeitos, constatou-se que os
consumidores gastaram mais do
que o previsto e as empresas quase triplicaram seus estoques em
comparação ao segundo trimestre, prevendo que o consumo
continuaria a crescer.
Os gastos com consumo, que representam dois terços da atividade econômica do país, subiram
4,9% no período, em vez dos 4,6%
anunciados antes. No segundo
trimestre, o índice havia registrado crescimento um pouco maior,
de 5,1%.
A procura por bens e serviços
norte-americanos também cresceu fora dos EUA.
As exportações subiram 11,5%,
em comparação aos 4% do segundo trimestre. As importações
avançaram ainda mais. Tiveram
alta de 14,9%, acima dos 14,4% do
trimestre anterior.
Inflação
O crescimento de 5,7% do PIB
foi o maior desde os 5,9% registrados no último trimestre do ano
passado.
No primeiro trimestre, a economia norte-americana cresceu
3,7%. No segundo trimestre, o
PIB avançou menos, 1,9%.
Apesar de a economia estar
mais aquecida, a inflação continua sob controle, segundo os novos dados divulgados ontem pelo
Departamento do Comércio norte-americano.
O medidor de preços atrelado
ao PIB aumentou 1,7% no terceiro
trimestre, como havia sido anunciado na segunda revisão e como
já previam os analistas. No segundo trimestre, o mesmo indicador
havia registrado crescimento
maior, de 1,9%.
Juros
A nova revisão do PIB norte-americano aumentou a expectativa de que o Federal Reserve, o
banco central norte-americano,
apertará sua política monetária
no começo do próximo ano, elevando as suas taxas de juros para
garantir a estabilidade dos preços.
Na reunião de terça-feira, o Fed
manteve os juros básicos em 5,5%
ao ano, mas advertiu que as taxas
podem aumentar no começo do
ano que vem se o rápido crescimento da economia começar a
ameaçar a estabilidade dos preços.
O Fed continua preocupado
que o aumento da demanda seja
maior que o crescimento da oferta, apesar dos expressivos ganhos
de produtividade das indústrias
do país nos últimos anos.
A decisão de manter os juros e o
viés (indica a predisposição do
Fed quanto à trajetória dos juros)
neutro ocorreu devido à preocupação com a possibilidade de perdas por causa do bug do milênio.
O próximo encontro do Fed para decidir sobre os juros norte-americanos será em fevereiro.
Se continuar nesse ritmo, analistas prevêem crescimento de até
5% na economia dos EUA no
quarto trimestre deste ano.
O Departamento do Comércio
dos EUA informa três vezes os
cálculos do seu PIB trimestral.
O número final é divulgado geralmente dois meses após o anunciado pela primeira vez.
Com agências internacionais
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