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ÁGUIA INJUSTA
Patrimônio dos mais ricos cresceu mais rápido no boom dos anos 90
Desigualdade social cresce nos EUA
DA REDAÇÃO
Os norte-americanos ficaram
mais ricos durante o boom econômico da década passada, marcada pela "exuberância irracional" das Bolsas, mas os mais ricos
ficaram proporcionalmente mais
ricos do que os pobres.
Segundo o Federal Reserve
(banco central norte-americano),
as famílias que estão entre as 10%
de poder aquisitivo mais elevado
viram seu patrimônio saltar de
US$ 492,4 mil, em 1998, para US$
833,6 mil, no ano passado, um ganho de 69%. Nenhuma outra categoria teve tal crescimento. Já entre os 20% mais pobres o ganho ficou em 24%, atingindo uma riqueza média de US$ 7.900.
Segundo a pesquisa, que é feita a
cada três anos e se baseia na entrevista de mais de 4.000 pessoas, os
rendimentos dos mais ricos (que
incluem salários, pensões e investimentos) também cresceram de
maneira mais acelerada. Os 10%
que estão no topo da pirâmide social viram sua renda crescer 19,3%
entre 1998 e 2001. Os 20% que
compõem a base da pirâmide receberam um aumento médio de
14,4% no período.
De 1998 para 2001, os rendimentos dos afro-americanos aumentaram 20%. Mas o banco central
não soube explicar por que os
rendimentos dos não-brancos
permaneceram praticamente estagnados no período.
Popularidade em queda
Os norte-americanos estão céticos em relação ao novo pacote de
estímulo econômico proposto pelo presidente George W. Bush, segundo uma pesquisa divulgada
ontem. Apenas 35% dos entrevistados consideram que o projeto
ajudará a reaquecer a atividade.
A sondagem foi encomendada
pela rede de televisão NBC em
conjunto com o diário econômico
"The Wall Street Journal". Quatro
em cada dez entrevistados consideram que os efeitos do pacote,
que se baseia em redução de impostos, serão limitados. Entre as
pessoas ouvidas, 44% (ou menos
da metade do total) aprovam a
maneira como Bush e sua equipe
conduzem a economia.
Bush tenta no Congresso a
aprovação do pacote, que deverá
injetar US$ 674 milhões em dez
anos. A oposição diz que o projeto
beneficia apenas os mais ricos,
porque um de seus principais
pontos é a eliminação dos impostos dos dividendos de ações.
Segundo o Federal Reserve,
52% dos americanos possuem investimentos no mercado financeiro, mas o percentual é maior
entre os mais ricos (90%).
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