|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CNA reclama benefícios ao agronegócio
DA REDAÇÃO
O PAC deixou em segundo
plano as demandas específicas da agricultura e só beneficiou o setor indiretamente,
com os investimentos para
infra-estrutura, avalia a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que representa principalmente grandes e médios produtores.
"A agricultura não foi contemplada, a não ser no quesito da infra-estrutura. Se for
cumprido o que está colocado, atende em muito um dos
problemas, que é o logístico",
disse o superintendente técnico da CNA (Confederação
da Agricultura e Pecuária do
Brasil), Ricardo Cotta.
A entidade aponta, em nota sobre o PAC, que os números relativos a investimentos
do setor privado em setores
como o álcool e o biodiesel
foram "inflados".
O ex-ministro Roberto Rodrigues, hoje coordenador
do Centro de Agronegócio da
Fundação Getulio Vargas,
concorda. "Embora, surpreendentemente, não tenha nenhuma medida específica em favor da agropecuária e do agronegócio, [o pacote] tem efeitos indiretos potencialmente favoráveis para
o setor rural."
"É o caso do investimento
em infra-estrutura, especialmente a anunciada melhoria
do Porto de Santos, por onde
sai a maior parte das exportações do agronegócio, sobretudo se tais melhorias de
fato forem acopladas à implementação do Rodoanel e
das rodovias e ferrovias que
servem a região."
Mas, destacou Ricardo
Cotta, da CNA, ainda que o
setor agrícola possa ser beneficiado com os investimentos anunciados em infra-estrutura, eles representam pouco mais de 10% do
total previsto no PAC, de
mais de R$ 500 bilhões. "O
grande montante diz respeito a energia, e aí é investimento da Petrobras, que iria
investir com ou sem pacote."
Colaboraram Agência Brasil e Bloomberg
Texto Anterior: Setor da construção civil prevê efeitos positivos do pacote só daqui a seis meses Próximo Texto: Distribuidoras federais terão reestruturação Índice
|