São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

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CNA reclama benefícios ao agronegócio

DA REDAÇÃO

O PAC deixou em segundo plano as demandas específicas da agricultura e só beneficiou o setor indiretamente, com os investimentos para infra-estrutura, avalia a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que representa principalmente grandes e médios produtores.
"A agricultura não foi contemplada, a não ser no quesito da infra-estrutura. Se for cumprido o que está colocado, atende em muito um dos problemas, que é o logístico", disse o superintendente técnico da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Ricardo Cotta.
A entidade aponta, em nota sobre o PAC, que os números relativos a investimentos do setor privado em setores como o álcool e o biodiesel foram "inflados".
O ex-ministro Roberto Rodrigues, hoje coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas, concorda. "Embora, surpreendentemente, não tenha nenhuma medida específica em favor da agropecuária e do agronegócio, [o pacote] tem efeitos indiretos potencialmente favoráveis para o setor rural."
"É o caso do investimento em infra-estrutura, especialmente a anunciada melhoria do Porto de Santos, por onde sai a maior parte das exportações do agronegócio, sobretudo se tais melhorias de fato forem acopladas à implementação do Rodoanel e das rodovias e ferrovias que servem a região."
Mas, destacou Ricardo Cotta, da CNA, ainda que o setor agrícola possa ser beneficiado com os investimentos anunciados em infra-estrutura, eles representam pouco mais de 10% do total previsto no PAC, de mais de R$ 500 bilhões. "O grande montante diz respeito a energia, e aí é investimento da Petrobras, que iria investir com ou sem pacote."


Colaboraram Agência Brasil e Bloomberg

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