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Sozinha, medida não gera vagas, diz especialista
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A redução da jornada de trabalho só vai permitir a criação
de novas vagas se for acompanhada por outras medidas
-como o fim das horas extras
e o controle do uso de banco de
horas adotado pelas empresas.
Mas será insuficiente para reduzir drasticamente o desemprego no país, avaliam economistas, especialistas e sindicalistas consultados pela Folha.
Na semana passada, seis centrais sindicais lançaram uma
campanha nacional pedindo a
diminuição da jornada de 44
para 40 horas semanais.
Com a Constituição de 1988,
quando a jornada passou de 48
para 44 horas semanais, esperava-se aumento de 8% no nível de emprego, informa Cássio
Calvete, professor da PUC do
Rio Grande do Sul e economista do Dieese. "Mas o que de fato
se verificou foi um aumento da
ordem de 1%", afirma.
Na avaliação do economista
José Marcio Camargo, professor da PUC do Rio, a redução
da jornada deveria ser feita diretamente entre sindicatos e
empresas, por meio de negociações coletivas.
"Os dois países que não regulam a jornada máxima por
meio da lei, Estados Unidos e
Inglaterra, são os que têm menor desemprego."
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