São Paulo, quarta-feira, 24 de março de 2004

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Sozinha, medida não gera vagas, diz especialista

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A redução da jornada de trabalho só vai permitir a criação de novas vagas se for acompanhada por outras medidas -como o fim das horas extras e o controle do uso de banco de horas adotado pelas empresas.
Mas será insuficiente para reduzir drasticamente o desemprego no país, avaliam economistas, especialistas e sindicalistas consultados pela Folha.
Na semana passada, seis centrais sindicais lançaram uma campanha nacional pedindo a diminuição da jornada de 44 para 40 horas semanais.
Com a Constituição de 1988, quando a jornada passou de 48 para 44 horas semanais, esperava-se aumento de 8% no nível de emprego, informa Cássio Calvete, professor da PUC do Rio Grande do Sul e economista do Dieese. "Mas o que de fato se verificou foi um aumento da ordem de 1%", afirma.
Na avaliação do economista José Marcio Camargo, professor da PUC do Rio, a redução da jornada deveria ser feita diretamente entre sindicatos e empresas, por meio de negociações coletivas.
"Os dois países que não regulam a jornada máxima por meio da lei, Estados Unidos e Inglaterra, são os que têm menor desemprego."


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