|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COMBUSTÍVEL
Redução em todos os países produtores atinge 2,1 milhões de barris por dia; preço registra pequena queda
Opep decide cortar produção de petróleo
das agências internacionais
Os 11 países que integram a Opep
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo) firmaram ontem, em Viena, acordo para reduzir a produção diária de petróleo
em 1,7 milhão de barris.
Outros países que não pertencem à Opep (México, Noruega,
Omã e Rússia) também decidiram
reduzir a produção em 386 mil
barris por dia. No total, o corte será
de 2,1 milhões de barris.
A medida, que entrará em vigor a
partir de 1º de abril, foi tomada parar enfrentar a crise do mercado
petrolífero.
"Os países-membros enfatizam
seu compromisso de cumprir este
acordo que terá validade por um
ano e reafirmam sua intenção de
respeitá-lo completamente", afirmou o nigeriano Rilwanu Lukman, secretário-geral da Opep.
Os exportadores de petróleo já
perderam um grande volume de
dinheiro com a queda nos preços,
os mais baixos dos últimos 12 anos.
Reação
O mercado, entretanto, não ficou
entusiasmado com as decisões da
Opep. O óleo do tipo Brent apresentou pequena variação, passando de US$ 13,88 o barril para US$
13,84.
"O encontro da Opep é o que todo mundo esperava", disse Victor
Yu, analista da Refco Inc. "Não há
nada de novo. Então, os preços
caem."
A Arábia Saudita e outros membros da Opep, no entanto, estimam que as novas medidas irão
promover a alta do petróleo do tipo Brent para entre US$ 17 e US$
19 o barril.
No auge da crise, o barril chegou
a ser negociado abaixo de US$ 10.
"Essas são boas intenções, mas o
mercado precisa de mais do que
boas intenções", afirmou Fala Aljibury, analista do mercado petrolífero. "O mercado está atento", disse o analista.
A Arábia Saudita, o maior exportador mundial de petróleo, também será o país que mais reduzirá
a produção em volume. De acordo
com o governo da Venezuela, o
país será o que mais reduzirá a
produção em proporção.
O Iraque foi excluído das negociações porque suas exportações
estão limitadas por sanções da
ONU (Organização das Nações
Unidas).
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|