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MERCADO FINANCEIRO
Notícias positivas como a queda do dólar e a alta das Bolsas nos EUA não conseguem sustentar pregão
Venda para obter lucros derruba Bovespa
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da queda do dólar e da
alta das Bolsas nos Estados Unidos, a Bovespa não resistiu ao
movimento de realização de lucros e fechou em baixa de 0,46%,
aos 12.394 pontos. Após encerrar
a terça-feira com alta acumulada
de 10,4% no mês, os analistas já
esperavam que ontem alguns investidores se desfizessem dos papéis que se valorizaram muito nos
últimos dias. A Bovespa oscilou
bastante e chegou a cair 1,11%.
A notícia mais esperada no pregão era a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do
Banco Central) sobre a Selic (taxa
básica de juros). Como o Banco
Central decidiu manter a taxa em
26,5% ao ano e retirar o viés de alta, o que já era esperado pelos
analistas, não houve mudança de
tendência após o anúncio (leia
texto à pág. B6).
Das dez ações mais negociadas
na Bolsa ontem, quatro fecharam
em baixa. A PN da Telemar, a
mais importante em volume, fechou em baixa de 0,90%.
As ações das empresas de energia foram novamente as que mais
se desvalorizaram. O índice que
mede a rentabilidade dos papéis
do setor fechou em queda de
2,1%. Entretanto, como o índice
ainda acumula alta de 17,2% em
abril, os analistas acreditam que o
movimento ainda reflete os ajustes da valorização acentuada das
últimas semanas. As maiores baixas foram Tractebel ON (11,6%) e
Eletropaulo PN (4,2%).
A expectativa de que o governo
do Estado de São Paulo ajude a
Cesp a equacionar parte de sua dívida continuou a repercutir nas
ações preferenciais da empresa
que, mesmo após subir 8% na terça-feira, aumentaram mais 6,2%
ontem. Além disso, a aprovação
de um acordo que prorroga o pagamento de uma dívida de US$
150 milhões que venceria em
maio para daqui a dois anos colaborou para manter o otimismo
dos investidores.
Juros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), a decisão do Copom também não causou surpresa, e os juros permaneceram praticamente inalterados em relação
ao dia anterior.
No contrato DI de prazo mais
curto, o de maio, as taxas passaram de 26,23% para 26,26% ao
ano, alta de 0,11%. No contrato de
janeiro de 2004, o mais negociado, a taxa permaneceu em 24,68%
ao ano.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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