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São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Notícias positivas como a queda do dólar e a alta das Bolsas nos EUA não conseguem sustentar pregão

Venda para obter lucros derruba Bovespa

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da queda do dólar e da alta das Bolsas nos Estados Unidos, a Bovespa não resistiu ao movimento de realização de lucros e fechou em baixa de 0,46%, aos 12.394 pontos. Após encerrar a terça-feira com alta acumulada de 10,4% no mês, os analistas já esperavam que ontem alguns investidores se desfizessem dos papéis que se valorizaram muito nos últimos dias. A Bovespa oscilou bastante e chegou a cair 1,11%.
A notícia mais esperada no pregão era a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) sobre a Selic (taxa básica de juros). Como o Banco Central decidiu manter a taxa em 26,5% ao ano e retirar o viés de alta, o que já era esperado pelos analistas, não houve mudança de tendência após o anúncio (leia texto à pág. B6).
Das dez ações mais negociadas na Bolsa ontem, quatro fecharam em baixa. A PN da Telemar, a mais importante em volume, fechou em baixa de 0,90%.
As ações das empresas de energia foram novamente as que mais se desvalorizaram. O índice que mede a rentabilidade dos papéis do setor fechou em queda de 2,1%. Entretanto, como o índice ainda acumula alta de 17,2% em abril, os analistas acreditam que o movimento ainda reflete os ajustes da valorização acentuada das últimas semanas. As maiores baixas foram Tractebel ON (11,6%) e Eletropaulo PN (4,2%).
A expectativa de que o governo do Estado de São Paulo ajude a Cesp a equacionar parte de sua dívida continuou a repercutir nas ações preferenciais da empresa que, mesmo após subir 8% na terça-feira, aumentaram mais 6,2% ontem. Além disso, a aprovação de um acordo que prorroga o pagamento de uma dívida de US$ 150 milhões que venceria em maio para daqui a dois anos colaborou para manter o otimismo dos investidores.

Juros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), a decisão do Copom também não causou surpresa, e os juros permaneceram praticamente inalterados em relação ao dia anterior.
No contrato DI de prazo mais curto, o de maio, as taxas passaram de 26,23% para 26,26% ao ano, alta de 0,11%. No contrato de janeiro de 2004, o mais negociado, a taxa permaneceu em 24,68% ao ano. (GEORGIA CARAPETKOV)


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