São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2003 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Câmbio confuso A queda de 1,15% da soja em Chicago e a redução do dólar em 1,45% no mercado interno derrubaram os preços da soja em até 4% no porto de Paranaguá. A instabilidade cambial gerou o desaquecimento dos negócios -apenas as empresas que realmente precisavam do produto é que compraram, mesmo assim em pequenas quantidades. Preços em baixa A pressão agrícola está terminando. Pelo menos é o que mostra a pesquisa de preços pagos aos produtores paulistas feita pelo Instituto de Economia Agrícola. Nos últimos 30 dias, a alta foi de apenas 0,23%. No início de abril, era de 3,6%. O que cai A desaceleração média dos preços se deve, em parte, ao tomate. Há poucas semanas o produto registrava alta de até 100% em 30 dias. A última pesquisa mostrou reajuste de 1,85% em 30 dias. Entre as principais quedas, estiveram carne suína (11%), laranja (5%), milho (4%) e soja (2%). Pressão no Sul Parte das indústrias esperava repor seus estoques de arroz na safra, e a preços menores. Mas a pouca oferta de produto no Sul continua empurrando os preços para cima. Segundo a Consultoria Brandalizze, os valores atuais superam em pelo menos R$ 0,40 por saca os da semana anterior. Mais quedas A soja voltou a cair em Chicago. O primeiro contrato, que foi negociado a US$ 6,20 na semana passada, recuou ontem para US$ 6,03 por bushel. A queda foi de 1,15%. Safra de café A safra 2003/4 de café deve recuar para 32,2 milhões de sacas, diz a FNP. Se confirmado, esse volume mostrará queda de 34% em relação à safra recorde de 2002/3. Lauro Kfouri Marino diz que a maior queda ocorrerá na produção de arábica (39%), que cai para 22,4 milhões de sacas. A safra do conillon fica em 9,7 milhões. Abaixo de 50 milhões A FNP reavaliou a safra 2002/3 para 48,7 milhões de sacas. Essa reavaliação ocorreu após a verificação de estoques menores de passagem (12,6 milhões de sacas). As exportações foram de 28,5 milhões de sacas, e o consumo interno, de 13,9 milhões de sacas. Milho transgênico Avicultores de Pernambuco foram liberados pela Justiça para a importação de milho transgênico da Argentina. São 18 mil toneladas que já estão sendo desembarcadas no porto de Recife. O milho será destinado ao consumo animal e ajudará a sanar um grave problema de abastecimento no Estado. Queda de preços Segundo a Avipe (associação dos produtores), a importação deverá derrubar os preços do frango e dos ovos para os consumidores. O milho argentino custa R$ 24,50 por saca, bem menos do que os R$ 34 do produto nacional. Sem compradores As usinas já estão vendendo açúcar da safra nova, mas os compradores ainda estão retraídos, à espera de preços menores, diz o Cepea. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Venda para obter lucros derruba Bovespa Próximo Texto: O vôo da águia: Guerra atinge vendas nos EUA, afirma Fed Índice |
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