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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa encerra pregão com perdas de 1,06%; ação da Tractebel dispara e dólar recua para R$ 2,862
Bolsa cai e fecha abaixo dos 13 mil pontos
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
caiu pelo quarto pregão consecutivo e voltou a fechar abaixo dos
13 mil pontos, o que não ocorria
há cerca de um mês.
A baixa de 1,06% do Ibovespa
(índice formado pelas 54 ações
mais negociadas) foi decorrente,
em grande parte, das quedas dos
papéis preferenciais da Telemar e
da Petrobras, que concentraram
cerca de 25% dos negócios do dia.
O Ibovespa fechou a 12.991 pontos. O pregão movimentou R$
651,4 milhões.
A ação preferencial da Telemar,
a mais negociada, fechou com
desvalorização de 2,19%, seguida
pelo papel PN da Petrobras, que
teve perdas de 2,91%.
Os papéis com direito a voto
(ON) da Tractebel mais uma vez
foram o destaque das altas, fechando o pregão com ganho de
7,1%. Rumores que dão conta de
um possível fechamento de capital da empresa têm estimulado a
compra de suas ações. Na semana
passada, a ação ON da Tractebel
disparou 12,7%.
A informação de que o ministro
da Fazenda, Antonio Palocci Filho, disse em entrevista à revista
"Newsweek" que ainda seria cedo
para o país pensar em crescimento econômico não agradou ao
mercado.
O dólar oscilou bastante, para
fechar vendido a R$ 2,862, em baixa de 0,97%. A moeda norte-americana chegou a ser negociada na
cotação máxima a R$ 2,90 (alta de
0,35%) e na mínima a R$ 2,858
(queda de 1,11%).
Quando o dólar atingiu seu preço mais alto, tesourarias de bancos começaram a vender a moeda, motivadas pelo rumor de que
a Braskem iniciaria nesta semana
uma captação no exterior em torno de US$ 500 milhões.
Para hoje, o mercado espera que
o Banco Central inicie a rolagem
de uma dívida cambial superior a
US$ 2,5 bilhões que vence no começo na próxima semana. Além
disso, há a expectativa de que o
governo diminua em breve as alíquotas do depósito compulsório.
Analistas apontam a CPI do Banestado, criada para apurar evasão de divisas, como um dos pontos que ainda podem influenciar
negativamente o mercado nos
próximos dias. Uma das preocupações é que surjam nomes de
políticos e empresários envolvidos no caso. Isso poderia atrapalhar o andamento das reformas
previdenciária e tributária.
(FABRICIO VIEIRA)
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