MARCIO AITH
da Reportagem Local

Olacyr de Moraes, presidente do Grupo Itamarati, anunciou ontem ter concluído a operação financeira de R$ 650 milhões para garantir a conclusão da primeira etapa das obras da Ferronorte -ferrovia privada idealizada pelo empresário para escoamento da produção agrícola da região Centro-Oeste.
As obras estavam paradas por falta de dinheiro.
Os recursos virão dos fundos de pensão Previ (R$ 131 milhões) e Funcef (R$ 104 milhões), da companhia BRP-Brazil Rail Partners (R$ 25 milhões), do Bradesco (R$ 20 milhões) e por meio da emissão de R$ 100 milhões em debêntures (títulos no mercado) conversíveis em ações.
A operação foi coordenada pelo Bradesco e, segundo Olacyr, foi concluída na última quarta-feira.
Esses parceiros que decidiram financiar o projeto tornaram-se novos acionistas da Ferronorte, que é uma companhia autônoma. Com o acordo, o Grupo Itamaraty reduz sua participação acionária no projeto, de 100% para 28,6%. A Previ, segunda maior acionista, tem 25% das ações.
Antes de fechar o acordo com os novos acionistas, Olacyr de Moraes já havia assegurado financiamentos públicos do BNDES e do Finame, de R$ 160 milhões e R$ 90 milhões, respectivamente. Esses financiamentos completam os R$ 650 milhões.
A primeira etapa da Ferronorte tem 400 quilômetros e vai percorrer todo o Estado do Mato Grosso do Sul.
Segundo Olacyr de Moraes, a primeira etapa ficará pronta em 18 meses. "Os produtores da região Centro-Oeste poderão economizar R$ 200 milhões por ano com a redução do frete"', afirma o empresário.



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