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PESQUISA
Auditoria
interna não
detecta golpe
de executivos
CLAUDIA GONÇALVES
da Reportagem Local
As auditorias internas das empresas nacionais ainda não estão
preparadas para detectar fraudes
que envolvem altos executivos e
grandes somas de dinheiro, segundo pesquisa realizada pela GBE Peritos e Investigadores Contábeis.
Os dados levantados pela GBE
mostram que 1,8% dos fraudadores são diretores e apenas 5,97%
dos prejuízos causados estavam na
faixa acima de R$ 1 milhão -números que vão contra a realidade
apurada junto aos clientes da GBE.
"Nas investigações que somos
contratados para fazer, a maioria
envolve fraudes acima de R$ 1 milhão", diz Marcelo Alcides Carvalho Gomes, sócio-diretor da GBE.
Mas, segundo ele, as auditorias
internas (nas quais a pesquisa se
baseou) não conseguem detectar
fraudes acima de R$ 100 mil -que
geralmente são realizadas por gerentes ou executivos. Isso ocorre
ou porque os auditores estão despreparados ou devido a uma questão hierárquica. Apenas 27% das
empresas pesquisadas possuem
auditoria interna.
O perfil do fraudador detectado
pela pesquisa é o de um homem
(83,3%), casado (67,2%), que tem
entre 36 e 40 anos (52,4%), segundo grau completo (81,2%), trabalha em uma empresa do setor industrial (31,17%) e num cargo
abaixo do de gerente (86,9%).
O principal tipo de fraude apurado é a apropriação indébita
(43,48%) e a maior parte dos golpes (44,78%) atinge valores entre
R$ 10 mil e R$ 100 mil.
A pesquisa se baseou em questionários enviados a 1.511 empresas -das quais 735 responderam
e, dessas, 717 reportaram casos de
fraudes.
Segundo Gomes, cerca de 6% do
faturamento das empresas brasileiras (R$ 18 bilhões) é perdido em
fraudes todos os anos.
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