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MONTADORAS
Obras de terraplenagem em Gravataí devem ser adiadas por causa da ocupação da área desapropriada
Invasão atrasa construção de fábrica da GM
ARTHUR PEREIRA FILHO
da Reportagem Local
As obras de construção da nova
fábrica da General Motors, em
Gravataí, (RS), podem ser adiadas
por causa da invasão -efetuada
anteontem por um grupo de agricultores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra)- da área cedida à
montadora pelo governo gaúcho.
"O início da terraplenagem estava previsto para dentro de 20 dias.
Mas a invasão torna inevitável um
atraso no cronograma de obras",
disse José Carlos Pinheiro Neto,
diretor de Assuntos Corporativos
da General Motors.
O adiamento, afirma Pinheiro
Neto, pode prejudicar o plano do
montadora de iniciar a produção
de carros em 99.
"Nosso negócio é fabricar carros. Uma fábrica de veículos não é
o local correto para resolver disputas políticas", diz Pinheiro.
Fornecedores
A montadora contratou três empresas gaúchas para a fase de terraplenagem: Sutelpa, Toniolo Busnello e Brasília Guaíba.
A empresa também definiu oficialmente os nomes de 12 fornecedores que instalarão unidades
dentro da fábrica.
Esses fornecedores vão entregar
na linha de montagem conjuntos
completos para o minicarro da
GM, por enquanto identificado
como "Arara Azul".
O minicarro da GM será um modelo popular, 20% mais barato e
mais leve que o Corsa Wind.
Os fornecedores já escolhidos
são: Lear (bancos), Cofap (escapamentos), Delphi (suspensão), Bosal-Gerobrás (ferramentas), Valeo
(arrefecimento), Arteb (iluminação), Soplast (tanque de combustível), Santa Marina (vidros),
Goodyear (pneus, rodas), Bundy
(tubos de combustível e freio),
Brasinca (peças estampadas) e
VDO (painel de instrumentos).
A fábrica de Gravataí vai exigir
investimento de US$ 600 milhões e
gerar 2.000 empregos diretos.
Os fornecedores -30 devem se
instalar na área da fábrica, conta
Pinheiro Neto- entram com US$
300 milhões.
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