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Desaquecimento e dólar reduzem déficit externo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O desaquecimento da economia e a alta do dólar ajudaram a
reduzir o déficit nas contas externas do país. Segundo o Banco
Central, o déficit em transações
correntes -um dos indicadores
da vulnerabilidade externa de um
país- acumulado em 12 meses
caiu de 3,68% para 3,5% do PIB
(Produto Interno Bruto) brasileiro entre maio e junho.
É o nível mais baixo desde maio
de 1997. Em dólares, o déficit acumulado nos últimos doze meses
está em US$ 18,15 bilhões. O BC
esperava que o déficit ficasse em
19,7 bilhões neste ano, mas, diante
dos resultados já ocorridos, pode
rever a projeção para baixo.
De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC,
Altamir Lopes, um dos fatores
que levou à queda do déficit externo é a taxa de crescimento econômico menor do que a prevista.
"Esperávamos uma retomada
mais firme do nível de atividade",
diz Lopes.
O déficit em transações correntes é formado pela soma dos resultados da balança comercial
(exportações menos exportações), balança de serviços (viagens internacionais, gastos com
juros e remessas de lucros para o
exterior, entre outros) e transferências unilaterais (dinheiro enviado para o país por residentes
no exterior, e vice-versa).
O desaquecimento da economia é sentido, principalmente, no
saldo da balança comercial. Para
este ano, o BC projeta um superávit de US$ 5 bilhões, mas Lopes
afirma que o saldo pode chegar a
US$ 6 bilhões, pois o resultado
observado no primeiro semestre
ficou acima do esperado.
Com o baixo nível de atividade,
as empresas tendem a reduzir a
produção, o que se reflete na diminuição das importações de matérias-primas. Além disso, a queda na renda faz com que as pessoas deixem de consumir produtos importados.
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