DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) fechou o primeiro semestre do ano com um superávit primário (economia de despesa para pagar juros da dívida) de R$ 20,7 bilhões, segundo dados preliminares do governo.
O resultado final será anunciado hoje pelo Ministério da Fazenda. Segundo os números parciais, as contas do governo federal apresentaram em junho superávit primário de R$ 2,4 bilhões.
Para cumprir a meta de superávit primário para o setor público de 3,75% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, o governo federal, os Estados, os municípios e as empresas estatais precisarão chegar ao final do ano com resultado primário de R$ 36,7 bilhões.
Desse total, R$ 7,5 bilhões virão das estatais federais, que, até junho, acumulavam prejuízo de R$ 2,9 bilhões. Ou seja, até dezembro as empresas federais deverão gerar lucro de 10,4 bilhões para compensar o déficit inicial.
Em junho, as estatais apresentaram lucro de R$ 565 milhões, reduzindo o prejuízo que vinham acumulando neste ano. A maior parte do superávit das estatais deverá vir da Petrobras.
Os dados preliminares do governo mostram também que o déficit da Previdência Social no ano vai ficar acima da última projeção feita pela equipe econômica, que era de R$ 16,6 bilhões. O déficit deverá ser de R$ 17 bilhões.
O crescimento do déficit da Previdência, associado ao aumento das despesas com pessoal e à queda na arrecadação da Receita Federal, obrigou o governo ontem a anunciar um corte definitivo de R$ 4 bilhões nas despesas deste ano.



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