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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
País precisa de estratégia para receber investimento estrangeiro
O Brasil deveria aproveitar a
enxurrada de dólares que entra
para investimentos diretos no
país para pôr em prática uma
política industrial voltada para
áreas onde ainda há fragilidades. Entre elas, as de componentes químicos, eletrônicos e
fármacos.
A opinião é do economista
Antonio Corrêa de Lacerda,
professor do departamento de
economia da PUC-SP. Segundo
ele, esse é um dos pontos que o
Brasil ainda não está aproveitando devidamente -os bons
ventos internacionais.
"Falta uma estratégia mais
ativa de atração do investimento direto estrangeiro", diz.
O economista sugere que o
governo crie um órgão responsável encarregado da coordenação das ações nessa área. Esse órgão precisa estar devidamente articulado com as iniciativas de política industrial.
Os números divulgados ontem pelo Banco Central, que
mostram uma entrada de
US$ 10,3 bilhões em investimentos diretos estrangeiros
nos primeiros seis meses deste
ano, confirmam as perspectivas de mais um recorde neste
ano. O Brasil pode, neste ano,
superar o recorde histórico de
US$ 32,8 bilhões obtido em
2000 com as privatizações.
O economista Alex Agostini,
da Austin Rating, que prevê um
total de investimento direto estrangeiro neste ano em algo entre US$ 28 bilhões e US$ 30 bilhões, afirma que esses números divulgados ontem foram a
"pá de cal" sobre a estratégia do
Banco Central em amenizar a
forte valorização do real. Para
Agostini, a tentativa de manter
o câmbio acima de R$ 1,80 por
dólar está se esvaindo.
Há algum tempo a economia
brasileira sofre uma enxurrada
de dólares, em razão tanto da
farta liquidez internacional,
quanto pelo processo global de
fusões e aquisições, que é resultado do vigoroso crescimento
da economia mundial nos últimos cinco anos, comparáveis
apenas ao início dos anos 70.
Para Agostini, o embate entre o Banco Central e o "mercado" está cada vez mais acirrado
e com desvantagem para o primeiro -basta ver o crescimento desenfreado das reservas internacionais, que já ultrapassam US$ 153 bilhões, e mesmo
assim o dólar segue ladeira
abaixo.
O economista reafirma que o
real pode não apenas romper a
barreira dos R$ 1,80/US$, bem
como seguir para R$ 1,50/US$.
Farmacêutica indiana cresce no Brasil em 5 anos
A farmacêutica Torrent
do Brasil, da indiana Torrent, vai completar, neste
ano, cinco anos de atividades no país com crescimento
de seu faturamento em relação à holding.
Durante o período, a empresa passou a representar
16% do faturamento da área
farmacêutica da Torrent
mundial, de acordo com Orlando Famá Júnior, diretor-presidente do braço brasileiro da Torrent. A indiana está em mais de 50 países.
No primeiro semestre
deste ano, a empresa registrou um crescimento de 31%
em seu faturamento, em relação ao mesmo período do
ano passado.
A expectativa, segundo
Famá Júnior, é atingir no final deste ano um volume de
vendas de R$ 150 milhões e
crescimento de 25% sobre o
resultado de 2006.
NO ESCURINHO DO CINEMA
A Amni Rhodia conseguiu unir o cinema e o segmento de
moda íntima para a próxima edição do Salão Lingerie Brasil,
que acontece em São Paulo, entre 5 e 7 de agosto. Em seu
lounge, durante o evento, serão apresentadas lingeries inspiradas em clássicos como "Bonequinha de Luxo" e "Barbarella", criadas por marcas do segmento. Entre as novidades
que a empresa apresenta no salão estão a segunda geração
do Biotech, o Bio II, antibactericida e antiácaro, a linha
"teen", mais bem-humorada, o Allumée e a Supermicrofibra
Trilobal, com brilho. "Vamos trabalhar na linha da transparência e da sensualidade, aliando conforto e tecnologia", diz José Padeiro, executivo de marketing da Rhodia Poliamida.
COPO DE LEITE
A Parmalat Brasil concluiu o arrendamento de
uma fábrica de leite no
Triângulo Mineiro, a Frutalat, e a contratação da fábrica Malibu, de Itatiba (SP).
LONDON, LONDON
Londres está tomando de
Nova York o posto de principal centro financeiro do
mundo, segundo a edição internacional da revista "Fortune". A reportagem de capa
da publicação afirma que isso acontece pela quantidade
de investimentos internacionais que aportam na cidade -cerca de US$ 100 bilhões por ano. Enquanto NY
"surfa" na economia americana, Londres aproveita a
boa onda da economia global. Os principais países investidores são os do Oriente
Médio, a Rússia, a Índia, a
China e os EUA. Um dos sinais curiosos dessa vitória
britânica é a seqüência do
filme "Wall Street" (1987),
que será rodado na cidade.
ESTRÉIA
A operadora de telefonia
celular Vivo lança hoje, com
exclusividade, um novo tipo
de Blackberry no Brasil em
parceria com a fabricante
canadense RIM (Research
in Motion).
SORTE EM ALTA
No primeiro semestre os
prêmios pagos pelas Loterias Caixa tiveram aumento
de 13,24% ante o mesmo período de 2006. Até junho, os
valores distribuídos entre os
ganhadores chegaram a R$
790 milhões contra R$ 697,6
milhões nos primeiros seis
meses de 2006. A quantidade de bilhetes premiados
também aumentou, foi de 69
milhões para 84,5 milhões,
um acréscimo de 23,86%. As
Loterias Caixa pagaram, em
2007, uma média diária de
398 mil prêmios, o equivalente a R$ 3,7 milhões por
dia. Janeiro lidera o ranking
com quase R$ 200 milhões
em prêmios, alta de 58,24%
ante o mesmo mês de 2006.
SUSTENTÁVEL
A integração da América
do Sul e o crescimento da região serão discutidos no Fórum Internacional de Desenvolvimento Sustentável,
em agosto, no Acre.
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