São Paulo, sexta-feira, 24 de agosto de 2001

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DESAQUECIMENTO GLOBAL

Patamar é o mais elevado desde 53, quando a estatística começou a ser apurada no país

Taxa de desemprego atinge 5% no Japão

DA REDAÇÃO

O Japão, tido até pouco tempo atrás como exemplo de que o pleno emprego é possível, revelou ontem mais um sinal de que foi duramente atingido pela crise global. Pela primeira vez desde 1953, quando a estatística começou a ser feita, a taxa de desemprego teria atingindo 5%.
O divulgação oficial só ocorrerá no dia 28, mas a informação foi vazada ontem por vários órgãos da imprensa japonesa. Até junho, o nível de desemprego estava em 4,9%. Mas nunca antes o índice chegara a 5%, como teria acontecido no mês passado.
A má notícia ajudou a afundar ainda mais o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, que caiu 2,36% e encerrou o pregão em seu menor nível desde 84. Foi o terceiro dia consecutivo em que o Nikkei bateu o recorte negativo.
O crescimento do número de desempregados foi consequência da dispensa de quase 1 milhão de trabalhadores nos últimos quatro meses. De uma certa maneira, o corte de vagas era esperado.
O Japão é um dos países que mais exportam no mundo. Com o desaquecimento econômico mundial, as empresas japonesas viram suas encomendas despencar. O país corre sério risco de encerrar o ano em recessão.
A isso se somou a política do primeiro-ministro, Junichiro Koizumi. Em vez liberar pacotes de ajuda às empresas, o primeiro-ministro optou pela adoção de reformas estruturais. Assim houve um salto no número de falências.
De acordo com números divulgados ontem, o superávit comercial japonês caiu em julho 58% em relação ao mesmo mês de 2000. Foi o 13º recuo mensal seguido.



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