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"Exportar ou morrer" é o novo
grito de independência, diz FHC
WILSON SILVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao dar posse ao seu quarto ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral, o presidente Fernando Henrique Cardoso arrancou
aplausos de uma platéia composta principalmente por empresários ao anunciar um novo lema do
seu governo: "Exportar ou morrer".
"É como se fosse um novo tipo
de independência. Ou se exporta
ou se morre", afirmou ele, explicando que o aumento das exportações é importante não apenas
para melhorar o desempenho da
balança comercial, mas também
para aumentar a qualidade dos
produtos brasileiros.
O presidente começou o discurso mencionando o prestígio do
seu novo ministro, cuja posse reuniu 11 governadores ("nem eu
consigo reunir tantos"), 12 ministros, os presidentes da Câmara e
do Senado e alguns dos principais
empresários brasileiros, como
Antônio Ermírio de Moraes e Jorge Gerdau e os presidentes da
Fiesp, Horacio Lafer Piva, e da
CNI, Carlos Eduardo Moreira
Ferreira.
FHC lembrou que o Plano Real
foi feito em oito meses, para ressaltar que seu governo ainda está
longe do fim. "[A elaboração do
Plano Real" foi uma coisa breve e
mudou o Brasil. Temos ainda longos 16 meses. Vamos continuar
mudando o Brasil. O Brasil precisa de mais mudanças e mais reformas e nós vamos fazê-las."
Sem citar explicitamente a rixa
entre os ministros anteriores do
Desenvolvimento e o Ministério
da Fazenda, FHC classificou de
"errada, superada e atrasada" a
concepção de que a política econômica deve estar voltada ou para
a estabilidade ou para o desenvolvimento.
"Não é assim. É preciso estabilizar para desenvolver. Não dá para
estabilizar e não desenvolver e
não dá para desenvolver sem estabilidade, porque o desenvolvimento sem estabilidade é inflação
que corrói imediatamente, no
passo seguinte, o esforço feito pelo desenvolvimento."
O ex-ministro Alcides Tápias
não foi à solenidade de posse do
seu sucessor, limitando-se a mandar uma carta curta, lida pelo secretário-geral do ministério, Benjamin Sicsu, desejando-lhe "muito sucesso". Segundo sua assessoria, ele não compareceu porque
não era mais ministro, tendo passado o cargo para Sicsu.
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