DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Crescimento maior, com um pouco mais de inflação. Essa é a expectativa de analistas de mercado consultados em levantamento semanal do Banco Central.
De acordo com a pesquisa, a economia deve registrar expansão de 3,97% neste ano, contra 3,92% apontados anteriormente. Já a alta dos preços, medida pelo IPCA, sobe de 7,16% para 7,19%.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) serve de parâmetro para as metas de inflação fixadas pelo governo. Para este ano, a meta foi estabelecida em 5,5%, com margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.
A expectativa de inflação maior neste ano deve fazer com que o BC não reduza os juros tão cedo. Segundo o levantamento, a expectativa é que a taxa Selic fique em 16% ao ano até dezembro.
Outro motivo para que os juros continuem nos atuais 16% ao ano por mais algum tempo é a projeção de inflação de 2005, que continua acima da meta fixada para o período. Espera-se que o IPCA registre alta de 5,5% no ano que vem, acima dos 4,5% da meta do governo -apesar de dentro da margem de 2,5 pontos.
Nesse cenário, a Selic cairia para 14,75% ao ano até o final de 2005. Apesar da lenta queda nos juros esperada pelos analistas consultados pelo BC, a pesquisa mostra um certo otimismo em relação ao desempenho da economia, graças, em boa parte, aos resultados alcançados pela indústria.
A produção industrial deve registrar expansão de 6,09% neste ano -há um mês, a estimativa estava em 5,3%. Para 2005, a expectativa é que o PIB cresça 3,5%.


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