São Paulo, terça-feira, 24 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Ibovespa havia subido 8,38% na semana passada; em dia apático, dólar cai 0,07%, para R$ 2,964

Investidor embolsa lucro e Bolsa cai 1,5%

DA REPORTAGEM LOCAL

Os investidores embolsaram ontem parte do lucro acumulado na semana passada, quando a Bolsa de Valores de São Paulo teve expressiva valorização de 8,38%.
O Ibovespa -principal índice da Bolsa- encerrou o pregão de ontem com recuo de 1,48%, com R$ 1,055 bilhão negociado.
Das dez ações mais negociadas do dia, nove encerraram o pregão em baixa.
A exceção ficou com o papel ON (com direito a voto) da Embratel Participações. A ação, a sexta mais negociada, teve ganho de 1,37%. A alta foi motivada pela proposta de compra das ações ordinárias feita pela Telmex, controladora da Embratel. A operação tende a ampliar o poder de fogo da mexicana nas decisões da Embratel.
No mercado de câmbio, a segunda-feira foi de negócios apáticos. O dólar encerrou com pequena baixa de 0,07%, a R$ 2,964.
O petróleo, que tem trazido turbulência ao mercado, deu uma trégua ontem.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções dos juros futuros pouco oscilaram. O volume financeiro negociado com contratos DI no pregão de ontem representou menos da metade do resultado de sexta-feira. O DI com prazo de resgate no fim de setembro fechou com taxa de 15,85% e mostrou que o mercado espera nova manutenção da Selic no próximo mês.
O mercado de juros aguarda ansiosamente a divulgação da ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) deste mês. O documento irá justificar os motivos da manutenção da taxa básica de juros da economia em 16% ao ano e poderá, como em julho, agitar o mercado com sinais sobre o rumo da política monetária.

Oscilações
Apesar da alta recente, o balanço do mercado acionário no ano não é muito positivo. A Bovespa tem alta de apenas 2,7% no ano, rentabilidade inferior mesmo à da caderneta de poupança.
A captação líquida -diferença entre o que é aplicado e o que é sacado- nos fundos de ações está negativa em R$ 1,18 bilhão em 2004. O resultado vai na contramão da indústria de fundos, que tem captação positiva de R$ 9,84 bilhões no ano.
Neste mês, até o dia 18, os fundos de ações registram resgates líquidos de R$ 122,9 milhões.


Texto Anterior: Regulação: Anatel leva a empresários projeto sobre agências
Próximo Texto: Capitalismo vermelho: China teme desabastecimento de comida
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.