São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 2006

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Mantega admite que carga tributária do Brasil é elevada e "poderia ser menor"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu ontem que a carga tributária é "elevada" e que o cidadão tem motivos para reclamar, mas defendeu a condução do assunto pelo governo, frisando a desoneração de impostos prevista, em nova legislação, para alguns produtos e empresas menores. "Isso é um processo de ajustamento. Não dá para fazer de uma hora para outra."
Confrontado com o fato de que houve elevação da Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) no início do governo Lula, ele argumentou que só algumas empresas foram afetadas e que as desonerações da cesta básica e de bens de capital compensaram a elevação da contribuição.
"Houve aumento de Cofins, sim, mas nos setores que têm cadeia produtiva menor. Houve diminuição para aqueles com cadeia maior. O que foi desonerado é muito maior do que esses dois ou três elementos que subiram", disse o ministro.
Em entrevista na entrada do Ministério da Fazenda na tarde de ontem, ele prometeu continuidade nos cortes de impostos, mas no ritmo atual. Tentou desvincular o aumento na arrecadação federal à elevação dos impostos, argumentando que o incremento se apóia na expansão da economia. "Vai haver desoneração, planejada evidentemente. Apesar de tudo isso, a arrecadação vai continuar subindo porque a economia vai continuar crescendo", afirmou. "Não podemos confundir arrecadação com carga tributária."
O ministro disse que Lula cumpriu a promessa de não elevar os impostos.
Mantega também afirmou que o governo não está discutindo, neste momento, a redução dos compulsórios que os bancos recolhem ao BC. Essa é uma reivindicação das instituições financeiras.


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