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Mantega admite que carga tributária do Brasil é elevada e "poderia ser menor"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu ontem
que a carga tributária é "elevada" e que o cidadão tem motivos para reclamar, mas defendeu a condução do assunto pelo
governo, frisando a desoneração de impostos prevista, em
nova legislação, para alguns
produtos e empresas menores.
"Isso é um processo de ajustamento. Não dá para fazer de
uma hora para outra."
Confrontado com o fato de
que houve elevação da Cofins
(Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) no
início do governo Lula, ele argumentou que só algumas empresas foram afetadas e que as
desonerações da cesta básica e
de bens de capital compensaram a elevação da contribuição.
"Houve aumento de Cofins,
sim, mas nos setores que têm
cadeia produtiva menor. Houve diminuição para aqueles
com cadeia maior. O que foi desonerado é muito maior do que
esses dois ou três elementos
que subiram", disse o ministro.
Em entrevista na entrada do
Ministério da Fazenda na tarde
de ontem, ele prometeu continuidade nos cortes de impostos, mas no ritmo atual. Tentou
desvincular o aumento na arrecadação federal à elevação dos
impostos, argumentando que o
incremento se apóia na expansão da economia. "Vai haver desoneração, planejada evidentemente. Apesar de tudo isso, a
arrecadação vai continuar subindo porque a economia vai
continuar crescendo", afirmou.
"Não podemos confundir arrecadação com carga tributária."
O ministro disse que Lula
cumpriu a promessa de não elevar os impostos.
Mantega também afirmou
que o governo não está discutindo, neste momento, a redução dos compulsórios que os
bancos recolhem ao BC. Essa é
uma reivindicação das instituições financeiras.
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