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Empréstimo do Fed é o terceiro maior desde 11 de Setembro
DA REDAÇÃO
Com quatro grandes instituições tomando US$ 2 bilhões
emprestados, o Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos) emprestou aos bancos
americanos uma média diária
de US$ 1,2 bilhão no período de
sete dias encerrado anteontem
-a terceira maior média diária
para um período de uma semana desde os ataques terroristas
de 11 de Setembro, em 2001.
Apenas anteontem, o Fed
emprestou US$ 2,001 bilhões
às instituições -o maior montante desde 12 de abril do ano
passado.
No mesmo dia, quatro grandes bancos americanos (Citigroup, JPMorgan, Bank of
America e Wachovia) anunciaram que pegaram emprestados
US$ 500 milhões cada um na
chamada "janela de desconto",
como uma medida de apoio ao
banco central americano.
Portanto, a média dos seis
dias anteriores à quarta-feira
foi de cerca de US$ 1,07 bilhão.
Além dos quatro grandes, o
Deutsche Bank disse que pegou
dinheiro emprestado do Fed na
última sexta-feira, mas não revelou o montante. O banco alemão também afirmou que tomou o empréstimo para o
apoiar o BC dos EUA.
O anúncio era muito aguardado porque o Fed cortou na
última sexta-feira em 0,50 ponto percentual, para 5,75%, a taxa de redesconto, que é a cobrado pelo BC americano para emprestar dinheiro aos bancos. A
medida foi tomada para tentar
aumentar a liquidez nos mercados financeiros.
A tomada desse tipo de empréstimo é raramente feita pelos bancos, já que ela é vista como uma medida de desespero,
usada por instituições que estão em sérias dificuldades.
O corte anunciado na última
sexta-feira não afeta a taxa de
juros básica (atualmente em
5,25%), que é a principal da
economia americana e influencia itens como empréstimos
para compra de carros e cartão
de crédito.
Em outra tentativa de elevar
a liquidez nos mercados, o Fed
injetou mais US$ 17,25 bilhões
ontem. Desde o início do período de turbulências nas Bolsas
mundiais, no dia 9 deste mês, o
BC dos EUA já emprestou mais
de US$ 120 bilhões -US$ 26,5
bilhões somente nesta semana.
Também ontem, o BNP Paribas, um dos maiores bancos europeus, disse que reabrirá na
semana que vem três fundos ligados ao setor imobiliário dos
EUA. A decisão de suspender os
fundos foi considerada um dos
estopins para a instabilidade
nos mercados.
Na ocasião, o banco disse que
a crise no mercado americano
de "subprime" (crédito imobiliário para pessoas com histórico ruim de pagamento) tornou
"impossível avaliar alguns ativos corretamente, independentemente de sua qualidade
ou classificação de crédito".
Desde o começo deste ano,
mais de 40 mil trabalhadores
de empresas de empréstimo
imobiliários nos Estados Unidos já foram demitidos, segundo a firma de recolocação profissional Challenger, Gray &
Christmas.
Com agências internacionais
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