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LÁ E CÁ
Dia é marcado por confrontos e prisões na greve
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
Confrontos e prisões em
agências da região central de
São Paulo marcaram a greve
dos bancários em São Paulo
ontem. Os bancários decidiram
hoje recorrer ao ministro do
Trabalho, Ricardo Berzoini,
para pedir para que os bancos
respeitem o direito de greve.
Berzoini, que presidiu o sindicato da categoria em São
Paulo, vai ouvir dos sindicalistas que os bancos estão usando
força policial para tentar desmobilizar a greve.
O incidente mais grave ocorreu ontem em frente ao prédio
da Nossa Caixa, na rua 15 de
Novembro. Em confronto com
a PM, o diretor do sindicato e
candidato pelo PSTU à Prefeitura de São Paulo, Dirceu Travesso, foi preso duas vezes. Na
primeira, por volta das 8h30,
ele foi preso, levado ao 1º DP e
solto logo depois. Ao voltar à
porta do banco, foi intervir
quando PMs prendiam um militante do movimento estudantil que participava da manifestação e foi novamente levado
ao DP. O sindicalista diz que foi
algemado e agredido.
"Eu me identifiquei como
candidato político e avisei que
minha prisão poderia causar
uma repercussão negativa para
a polícia", disse. Pela lei, os candidatos não podem ser presos
no período pré-eleitoral. Travesso acusou a PM de usar a
violência para tentar acabar
com a greve. "Fui jogado no
chão e me enfiaram no furgão
"na pancada", à força."
Em nota oficial, a Secretaria
de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que
a PM "agiu em cumprimento a
manutenção da ordem, garantindo a entrada dos funcionários ao trabalho e também o direito à manifestação dos grevistas. Não houve arbitrariedade
na detenção do sindicalista".
"Foi expedido pela Justiça
um interdito proibitório, que
permite a entrada dos funcionários aos prédios do banco",
informou a Nossa Caixa.
Ricardo Gebrim, advogado
trabalhista, diz que o interdito
proibitório é um instrumento
usado para proteger um patrimônio numa ação ilegal. "Só
que as greves são legais."
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