São Paulo, sexta-feira, 24 de setembro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Investidores recebem positivamente aumento de ambas; Bolsa sobe, dólar fica estável e juro futuro cai

Metas para inflação e superávit têm apoio

DA REPORTAGEM LOCAL

A reação dos investidores à flexibilização da meta de inflação para 2005 e ao aumento da meta de superávit fiscal deste ano foi positiva. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou o pregão de ontem com valorização de 0,86%.
O dólar fechou praticamente estável, vendido a R$ 2,88. As projeções dos juros futuros nos contratos mais negociados caíram um pouco na BM&F.
A ata da última reunião do Copom trouxe a intenção do BC de alcançar meta de 5,1% de inflação em 2005. O centro da meta para o próximo ano, estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), é de 4,5%.
Com a flexibilização, há mais espaço para que o Copom não tenha de aumentar mais fortemente a taxa básica de juros, que está em 16,25% ao ano.
Na mesma linha de atenuar as pressões sobre os juros, o governo também decidiu subir de 4,25% para 4,50% a meta de superávit primário (a economia de receita para o pagamento de juros da dívida) deste ano.
Para Alexandre Póvoa, economista-chefe da Modal Asset, a "mudança informal de meta de inflação de 2005 é, olhada isoladamente, bem-vinda, já que o patamar anterior era irreal".
Mas Póvoa acredita que a exposição da idéia de elevar o foco da meta a ser buscada "deveria ocorrer daqui a uns dois ou três meses, quando os efeitos de discursos mais duros e a elevação da Selic já tivessem sido percebidos".

Ações
O pregão da Bolsa ontem teve como destaque os papéis de companhias do setor de energia elétrica. Analistas avaliam que os preços das ações do setor estão defasados em relação aos do resto do mercado.
O IEE, índice que segue a movimentação dos papéis das elétricas, está com perda de 4% no ano. O Ibovespa -principal índice da Bolsa paulista- tem alta de 3,1% acumulada em 2004.
O papel PN da Cesp liderou os ganhos (4,5%), seguido por Celesc PNB (3,9%) e por Eletropaulo PN (3,7%).
Até o fim do mês, é esperada a estréia das ações da CPFL Energia no pregão. Além dessa, a Porto Seguro também vai lançar ações na Bovespa. Para os próximos dias é aguardada a divulgação das informações sobre o lançamento dos papéis.
(FABRICIO VIEIRA)


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