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Governo quer mais
três operadoras
da enviada especial a Brasília
Com a privatização do sistema
Telebrás, o governo fará concorrências públicas para permitir a
entrada de três novas operadoras
regionais de telefonia fixa e de uma
concorrente da Embratel.
A competição de mercado, segundo o ministro Motta, é que vai
garantir a redução das tarifas para
o consumidor.
Segundo ele, a Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações),
criada para regulamentar e fiscalizar o mercado, vai garantir que os
novos concorrentes tenham acesso à infra-estrutura da rede básica
de telefonia, para que possam
competir em igualdade de condições.
A competição de mercado vai começar, efetivamente, pelas ligações telefônicas interestaduais.
Atualmente, esse serviço é monopólio da Embratel, mas, segundo o
modelo de privatização divulgado
ontem por Motta, as três holdings
que vão suceder as teles estatais
poderão também oferecer esse serviço.
Os consórcios que vencerem as
licitações de privatização das teles
terão que se comprometer com
metas de investimentos que serão
estipuladas pelo governo. O compromisso fará parte dos contratos
de concessão, informou Motta.
Além disso, será criado um programa de "universalização" do
serviço de telefonia fixa.
Esse programa -que será em
parte financiado com receita da
própria privatização- prevê a
instalação de um telefone público
a cada 300 metros na periferia das
grandes cidades e um acesso telefônico em cada comunidade com
mais de cem habitantes. As metas
serão revistas a cada dois ou três
anos.
Abertura geral
O modelo prevê a abertura geral
do mercado depois de decorridos
entre três e cinco anos da privatização do Sistema Telebrás. Nessa
fase posterior, todas as concessionárias poderão oferecer qualquer
serviço -ligações locais, interestaduais, internacionais- em todas as regiões do país.
O cronograma para essa abertura será fixado no Plano de Outorgas, que será aprovado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso mediante decreto.
O plano vai definir quais serviços
serão classificados pelo governo
como de interesse público e de interesse privado. Até o momento, o
ministério tem considerado que o
único serviço público é a telefonia
fixa.
A União se compromete a garantir o acesso da população aos serviços que venha a considerar como
de interesse público. Até a telefonia celular, segundo o entendimento da equipe de Motta, seria
um serviço de interesse privado,
ou seja, não essencial à população.
Será de
300
metros a distância entre os telefones
públicos na periferia das grandes cidades,
segundo o programa de 'universalização'
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