|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCOSUL
Disputa envolve lista de exceções do setor industrial
Brasil e Argentina não chegam a acordo sobre redução de tarifas
CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Brasil e Argentina ainda não
chegaram a um acordo com relação à lista de exceções do setor industrial que deverá constar da
proposta a ser apresentada à
União Européia (UE), na semana
que vem, em Bruxelas. A relação
dos produtos industriais considerados sensíveis chega a 8.200
itens, dos quais 6.000 são mercadorias propostas pela Argentina.
Nesta semana, negociadores do
Mercosul estão reunidos em
Montevidéu (Uruguai) para finalizar a proposta, que será apresentada aos europeus no dia 31. O
Brasil apresentou uma lista de
2.100 produtos, divididos por 46
setores, mas os principais, que incluem mais itens, são os de bens
de capital, com mais de 403 produtos, e elétricos e de telecomunicações, com 298.
Há mais de 15 dias, segundo diplomatas brasileiros, Brasil e Argentina estão discutindo o conteúdo das listas. O receio do Itamaraty é que um número exagerado de exceções do Mercosul para alguns setores industriais dificulte as negociações com os europeus para a abertura do mercado
agrícola, principal interesse na
negociação para a formação da
área de livre comércio com a UE.
Em junho, os europeus apresentaram sua proposta ao Mercosul. A oferta envolve 90% da pauta de comércio entre os dois blocos, mas exclui setores agrícolas
como fumo, açúcar, lácteos, grãos
e outros produtos sensíveis.
A proposta européia sugere redução de tarifas de importação
em quatro fases (imediata, em
quatro, sete e dez anos), além da
lista dos produtos sensíveis, que
estariam foram da negociação.
Texto Anterior: Vizinho em crise: Províncias devem apresentar hoje proposta de acordo para De la Rúa Próximo Texto: Carros: Brasileiro vira "herói" entre empresários japoneses Índice
|