São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2001

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MERCOSUL

Disputa envolve lista de exceções do setor industrial

Brasil e Argentina não chegam a acordo sobre redução de tarifas

CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Brasil e Argentina ainda não chegaram a um acordo com relação à lista de exceções do setor industrial que deverá constar da proposta a ser apresentada à União Européia (UE), na semana que vem, em Bruxelas. A relação dos produtos industriais considerados sensíveis chega a 8.200 itens, dos quais 6.000 são mercadorias propostas pela Argentina.
Nesta semana, negociadores do Mercosul estão reunidos em Montevidéu (Uruguai) para finalizar a proposta, que será apresentada aos europeus no dia 31. O Brasil apresentou uma lista de 2.100 produtos, divididos por 46 setores, mas os principais, que incluem mais itens, são os de bens de capital, com mais de 403 produtos, e elétricos e de telecomunicações, com 298.
Há mais de 15 dias, segundo diplomatas brasileiros, Brasil e Argentina estão discutindo o conteúdo das listas. O receio do Itamaraty é que um número exagerado de exceções do Mercosul para alguns setores industriais dificulte as negociações com os europeus para a abertura do mercado agrícola, principal interesse na negociação para a formação da área de livre comércio com a UE.
Em junho, os europeus apresentaram sua proposta ao Mercosul. A oferta envolve 90% da pauta de comércio entre os dois blocos, mas exclui setores agrícolas como fumo, açúcar, lácteos, grãos e outros produtos sensíveis.
A proposta européia sugere redução de tarifas de importação em quatro fases (imediata, em quatro, sete e dez anos), além da lista dos produtos sensíveis, que estariam foram da negociação.



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