São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2001

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MERCADO FINANCEIRO

Dólar abriu em baixa, mas a falta de acordo na Argentina fez moeda fechar em alta de 0,25%

Indefinição argentina cansa investidores

DA REDAÇÃO

Os negócios no mercado financeiro ontem refletiram o desânimo dos investidores diante da falta de definição em relação ao anúncio de um novo pacote econômico na Argentina.
Após a certeza de que as medidas não seriam anunciadas ontem, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve um dia praticamente estável, até fechar em queda de 0,73%, em 11.613 pontos. O volume negociado superou o da segunda-feira e ficou em R$ 550,5 milhões. No mês, o Ibovespa, índice que reflete o comportamento das 57 ações mais negociadas na Bolsa, acumula alta de 9,2%.
"De um modo geral, o mercado continua acreditando que notícias positivas virão da Argentina. Mas a demora na divulgação das medidas deixa os investidores menos otimistas", afirma Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK.
No mercado de câmbio, a oscilação foi maior. No início do dia, os investidores trabalhavam com uma expectativa positiva em relação a um entendimento entre governo e Províncias na Argentina, o que possibilitaria o fechamento do acordo. O início das negociações sinalizava um novo dia de tranquilidade, como na segunda-feira. O dólar chegou a registrar queda de 0,81% em relação ao fechamento de anteontem. Ainda pela manhã, segundo operadores, um grande banco teria vendido dólares. No início da tarde, houve um forte movimento de compra da moeda norte-americana.
A avaliação no mercado era que o mesmo banco poderia ter vendido e comprado dólares.
No fim do dia, o dólar fechou com pequena valorização, de 0,25%, cotado a R$ 2,730.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as cotações do dólar também projetavam alta.
A indefinição em relação ao pacote argentino interrompeu a queda da moeda americana ontem, mas analistas acreditam que a tendência do mercado ainda é de um certo otimismo em relação à Argentina. O novo pacote deverá, ao menos, afastar, ainda que a médio prazo, a hipótese de uma desvalorização do peso.

Cesp
As ações preferenciais da Cesp tiveram a maior baixa da Bovespa, de 20,1%, ontem. Os papéis da companhia haviam registrado alta de quase 13% ontem, com boatos sobre a privatização da empresa.


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