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Negócio pode levar a disputa de bancos para fornecer crédito à nova empresa
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A nova fusão deve mexer não
apenas com o varejo tradicional como com a disputa entre
bancos. As financeiras Taií, do
Itaú, e a francesa Cetelem (uma
das maiores do mundo) atendem, separadamente, os dois
sites -Americanas.com e o
Submarino, respectivamente.
O mercado trabalha com a
expectativa de que apenas uma
financeira acabe operando com
a nova empresa, a B2W.
A Folha apurou que as duas
financeiras, Taií e Cetelem, só
souberam ontem da fusão.
"É um conflito que deve aparecer, e eles vão ter de resolver"
afirmou Pedro Guasti, diretor-geral da empresa de marketing
on-line E-bit.
Flávio Jansen, presidente do
Submarino, diz que não está
definida a estratégia de crédito
das empresas, mas que, por enquanto, tudo continua como
está. "Estamos agora numa situação que não prevíamos. Não
sabíamos dessa fusão. Pode ser
que um [banco] tenha uma única proposta que atenda às duas
empresas, Americanas e Submarino. Mas não necessariamente iremos operar só com
uma financeira. Ainda vamos
ver", afirma ele.
Há uma disputa acirrada entre os bancos pelo serviço de
crédito do varejo. Nos últimos
dois anos houve uma corrida: o
Bradesco fechou acordo com a
Casas Bahia e o Itaú, com o Pão
de Açúcar. Como querem ampliar a receita com crédito, os
bancos compraram o direito de
explorar a área financeira das
lojas ou se tornaram espécies
de sócios do negócio.
Especialistas do setor já
aguardam uma movimentação
maior de concorrentes no Brasil e no exterior após o anúncio
do negócio ontem.
Há rumores de que a Amazon, o maior site de varejo on-line dos EUA, pretenda entrar
no país. "Não vamos esperar
eles chegarem, nós já estamos
preparando nossa internacionalização também. Pretendemos operar no exterior, na
América Latina a princípio.
Mas não temos datas definidas", diz Roberto Martins de
Souza, diretor de relações com
investidores do Submarino.
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