São Paulo, terça-feira, 24 de novembro de 2009

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Indicadores favoráveis impulsionam alta nas Bolsas

Bovespa sofre valorização de 0,73%; dólar recua 0,23%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado global iniciou a semana em terreno positivo. A Bovespa, apesar de haver perdido ímpeto na última hora de pregão, encerrou as operações com ganhos, de 0,73%.
Amparados por diferentes dados econômicos animadores e a alta das commodities, os investidores foram às compras e as Bolsas subiram, especialmente no mercado europeu.
A Bolsa de Frankfurt encerrou com ganhos de 2,44%; Paris subiu 2,25%; e em Londres o mercado acionário registrou alta de 1,98%. Na Europa, foi bem recebida a alta do Índice de Gerentes de Compras, que ajuda a medir o ritmo de atividade do setor privado. Esse índice alcançou neste mês seu mais elevado patamar na zona do euro em cerca de dois anos.
Nos EUA, chamou a atenção o crescimento acima do previsto nas vendas de moradias usadas, que deram um salto de 10,1% em outubro. O índice Dow Jones, que agrupa 30 das mais líquidas ações americanas, subiu 1,29%. Para a Nasdaq, o resultado do pregão foi de ganho de 1,40%.
Em meio à apreciação das commodities, o índice Ibovespa alcançou alta de 1,56% na máxima do pregão, quando atingiu 67.365 pontos. Porém, acabou por sofrer vendas mais intensas no fim das operações e fechou a 66.809 pontos.
"Surpreendendo os analistas, que esperavam a continuidade da cautela registrada nos últimos dias da semana passada, esta começou com ganhos fortes no exterior, puxados pelo desempenho das commodities, com destaque para o ouro, que voltou a bater recorde", afirmou Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK.
O ouro encerrou cotado a US$ 1.164,30 a onça em Nova York, com alta de 1,56%. Apenas neste mês, o ouro acumula apreciação de 11,98%.
O petróleo acabou por perder fôlego durante o dia. O barril do produto encerrou cotado a US$ 77,56, em leve alta de 0,12%. A ação preferencial da Petrobras, a mais negociada do pregão doméstico, com 12% do total movimentado, subiu 0,91%.
Das 62 ações que entram na carteira teórica do Ibovespa, 41 encerraram com valorização.
No segmento de siderurgia e mineração, muito sensível à oscilação das commodities metálicas no exterior, houve ganhos como os registrados pelos papéis da Vale: valorização de 1,07% para o ON e de 0,87% para o PNA. Quem teve o melhor desempenho no segmento foi MMX Mineração, cuja ação ON se apreciou 2,04%.
Mas o setor de maior destaque ontem foi o imobiliário. No topo do Ibovespa, apareceu Rossi Residencial ON, que subiu 4,38%, seguida por Gafisa ON, com 3,83%. Papéis de construção civil lideram as altas na Bolsa em 2009. Com a expectativa de crescimento bem mais expressivo em 2010 -o mercado projeta expansão de 5% do PIB brasileiro, contra alta estimada de 0,20% neste ano-, o setor promete manter um ritmo forte no médio prazo.
No mercado de câmbio local, o dólar operou em baixa em boa parte do dia, em sintonia com o cenário internacional. Na mínima, foi vendido a R$ 1,718. E encerrou as operações com recuo de 0,23%, a R$ 1,728. A moeda norte-americana está com baixa de 1,65% no mês.
O boletim Focus -pesquisa feita pelo BC com instituições financeiras- mostrou ontem que a expectativa do mercado é a de que o dólar esteja em R$ 1,70 no fim do ano, próximo do patamar que tem rondado nas últimas semanas. Para o fim de 2010, a expectativa é de dólar a R$ 1,75. Ou seja, não são projetadas pelo mercado grandes variações para a taxa de câmbio nos próximos meses.


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