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Indicadores favoráveis impulsionam alta nas Bolsas
Bovespa sofre valorização de 0,73%; dólar recua 0,23%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado global iniciou a
semana em terreno positivo. A
Bovespa, apesar de haver perdido ímpeto na última hora de
pregão, encerrou as operações
com ganhos, de 0,73%.
Amparados por diferentes
dados econômicos animadores
e a alta das commodities, os investidores foram às compras e
as Bolsas subiram, especialmente no mercado europeu.
A Bolsa de Frankfurt encerrou com ganhos de 2,44%; Paris
subiu 2,25%; e em Londres o
mercado acionário registrou alta de 1,98%. Na Europa, foi bem
recebida a alta do Índice de Gerentes de Compras, que ajuda a
medir o ritmo de atividade do
setor privado. Esse índice alcançou neste mês seu mais elevado patamar na zona do euro
em cerca de dois anos.
Nos EUA, chamou a atenção
o crescimento acima do previsto nas vendas de moradias usadas, que deram um salto de
10,1% em outubro. O índice
Dow Jones, que agrupa 30 das
mais líquidas ações americanas, subiu 1,29%. Para a Nasdaq, o resultado do pregão foi
de ganho de 1,40%.
Em meio à apreciação das
commodities, o índice Ibovespa alcançou alta de 1,56% na
máxima do pregão, quando
atingiu 67.365 pontos. Porém,
acabou por sofrer vendas mais
intensas no fim das operações e
fechou a 66.809 pontos.
"Surpreendendo os analistas,
que esperavam a continuidade
da cautela registrada nos últimos dias da semana passada,
esta começou com ganhos fortes no exterior, puxados pelo
desempenho das commodities,
com destaque para o ouro, que
voltou a bater recorde", afirmou Miriam Tavares, diretora
de câmbio da corretora AGK.
O ouro encerrou cotado a
US$ 1.164,30 a onça em Nova
York, com alta de 1,56%. Apenas neste mês, o ouro acumula
apreciação de 11,98%.
O petróleo acabou por perder
fôlego durante o dia. O barril do
produto encerrou cotado a US$
77,56, em leve alta de 0,12%. A
ação preferencial da Petrobras,
a mais negociada do pregão doméstico, com 12% do total movimentado, subiu 0,91%.
Das 62 ações que entram na
carteira teórica do Ibovespa, 41
encerraram com valorização.
No segmento de siderurgia e
mineração, muito sensível à oscilação das commodities metálicas no exterior, houve ganhos
como os registrados pelos papéis da Vale: valorização de
1,07% para o ON e de 0,87% para o PNA. Quem teve o melhor
desempenho no segmento foi
MMX Mineração, cuja ação ON
se apreciou 2,04%.
Mas o setor de maior destaque ontem foi o imobiliário. No
topo do Ibovespa, apareceu
Rossi Residencial ON, que subiu 4,38%, seguida por Gafisa
ON, com 3,83%. Papéis de
construção civil lideram as altas na Bolsa em 2009. Com a
expectativa de crescimento
bem mais expressivo em 2010
-o mercado projeta expansão
de 5% do PIB brasileiro, contra
alta estimada de 0,20% neste
ano-, o setor promete manter
um ritmo forte no médio prazo.
No mercado de câmbio local,
o dólar operou em baixa em boa
parte do dia, em sintonia com o
cenário internacional. Na mínima, foi vendido a R$ 1,718. E encerrou as operações com recuo
de 0,23%, a R$ 1,728. A moeda
norte-americana está com baixa de 1,65% no mês.
O boletim Focus -pesquisa
feita pelo BC com instituições
financeiras- mostrou ontem
que a expectativa do mercado é
a de que o dólar esteja em R$
1,70 no fim do ano, próximo do
patamar que tem rondado nas
últimas semanas. Para o fim de
2010, a expectativa é de dólar a
R$ 1,75. Ou seja, não são projetadas pelo mercado grandes variações para a taxa de câmbio
nos próximos meses.
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