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Produto de excelência começa na muda e termina no barista
DO ENVIADO A CAMAÇARI
O mercado de cafés de alta
qualidade cresce no Brasil e
atinge 700 mil sacas por ano,
4% do consumo do país.
E o bom café começa logo no
viveiro de mudas, que devem
ser muito bem selecionadas,
segundo Nathan Herszkowicz,
diretor-executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria
de Café).
Mas apenas a muda não faz a
diferença e os cuidados devem
se estender também com o solo
e com o desenvolvimento da
planta, acrescenta Bernardo
Wolfson, presidente da Melitta
no Brasil.
Outro ponto importante na
produção de um café de alta
qualidade é a colheita, que em
algumas regiões do país já começa a ser manual, como na
Colômbia. Esse tipo de colheita
permite uma uniformização da
matéria-prima, segundo o diretor-executivo da Abic.
Francisco Campiche, da Nespresso, inclui outros cuidados:
secagem, armazenamento,
transporte e manuseio do produto nos portos e na fábrica.
Percorrido o percurso do
campo à porta da fábrica, a responsabilidade passa a ser da indústria, que deve fazer uma boa
seleção dos grãos, segundo Sidney Marques Paiva, do Café
Bom Dia.
Um dos cuidados básicos deve ser com os equipamentos
usados, que não podem deteriorar o café no processo de torra e de moagem, segundo o empresário.
Almir da Silva, do Café Toko,
afirma que a matéria-prima
tem de estar nos padrões
BM&F, ou seja, um café de excelente qualidade.
Ele recomenda que as empresas que lidam com cafés de
alta qualidade implantem um
sistema de venda específica e
direcionada para o café superior e gourmet.
As empresas devem ter, ainda, um especialista em café, como nos Estados Unidos, que seja responsável pela qualidade
final do produto.
O estágio final do bom café
passa pelo barista, que deve estar preparado para "tirar uma
boa bebida", diz Herszkowicz.
(MAURO ZAFALON)
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