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Tesouro volta a falar em mecanismo anticrise
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo pretende criar, até o
final de 2004, um mecanismo para permitir que a economia de recursos que superar a meta de superávit primário possa ser usada
no ano seguinte em outras despesas, segundo o secretário do Tesouro, Joaquim Levy.
"Nós estamos instituindo, principalmente a partir do ano que
vem, aquele negócio de se levar a
[economia além da] meta de um
ano para o ano seguinte", disse.
Para Levy, é normal o governo
conseguir um superávit primário
um pouco maior do que o necessário para cumprir a meta com
precisão. "Você tem que mirar
um pouquinho acima para não ficar abaixo [da meta]. Todo ano
tem uma pequena gordurinha."
Ele chamou essa economia a
mais de "pequena ineficiência".
Segundo ele, o mecanismo de permitir usar no ano seguinte as economias extras tem como objetivo
acabar com essa ineficiência no
gasto público.
Em 2004, a meta de superávit é
de 4,25% do PIB (total de riquezas
produzidas pelo país). O governo
afirma que deverá cumprir sem
folgas o objetivo. Portanto, não
deverá haver sobras para 2005.
A primeira vez que o governo
discutiu publicamente a hipótese
de usar economias extras de um
ano no seguinte foi durante as negociações do novo acordo com o
Fundo Monetário Internacional.
Quando existe um superávit anticíclico, o ajuste de um ano depende do desempenho da economia. Em anos de menor crescimento, a meta é reduzida para
permitir maiores gastos do governo. Em anos de expansão, a meta
é maior para guardar recursos para garantir maiores despesas nos
anos ruins.
(ANDRÉ SOLIANI)
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