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APOSENTADORIA
Arrecadação diminui
Buraco na Previdência aumenta 29% no ano
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, desconfia
que a crise econômica obrigou
parte das empresas a priorizar o
pagamento do 13º salário em detrimento das contribuições previdenciárias no mês passado.
"Com o caixa mais apertado, as
empresas priorizaram o 13º deixando para acertar com a Previdência mais tarde. Isso não é elogiável", disse o secretário.
O resultado foi uma piora nas
contas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que acumularam um déficit de R$ 3,115 bilhões em novembro. Além da
queda na arrecadação, a Previdência teve um aumento de 9,2%
no pagamento de benefícios em
relação ao ano passado.
Até novembro, a Previdência teve déficit de R$ 21,665 bilhões (valor corrigido pela inflação), 28,9%
a mais que em igual período do
ano passado. "O que mais prejudicou foi o mercado de trabalho.
Principalmente, a queda na renda
dos trabalhadores", disse.
Até o final do ano, o déficit deve
chegar a R$ 27,2 bilhões. Será o
pior resultado da história. No
próximo ano, a expectativa é que
a contas fechem com um saldo
negativo de R$ 29,5 bilhões, sem
levar em conta um provável aumento real (acima da inflação)
para o salário mínimo.
A queda na arrecadação, que foi
de 6% em relação a outubro, surpreendeu Schwarzer. "O mercado
de trabalho melhorou, e a expectativa era que isso se refletisse na
arrecadação das empresas."
Neste ano, apenas o Tesouro
obteve um resultado positivo nas
suas contas. No mês passado, o
Tesouro economizou R$ 5,458 bilhões. Devido ao déficit na Previdência, de 3,115 bilhões e no Banco Central, de 26,7 milhões, o superávit do governo central foi de
R$ 2,3 bilhões.
De janeiro a novembro, as receitas totais do Tesouro somaram R$
320,867 bilhões, 11,4% a mais que
no mesmo período de 2002. As
despesas chegaram, por sua vez, a
R$ 220,011 bilhões, 9,5% a mais
que em igual período de 2002.
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