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Outro lado
Advogado de acusado diz que denúncias são "completamente" infundadas
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado de Melford
Vaughn Neto, Josemar Estigaribia, diz que são completamente infundadas as acusações
de que seu cliente tenha feito
remessas ilegais ao exterior.
"Meu cliente é um profissional de vida modesta. É um professor de direito que dá aulas
quase todo dia até as 23h. O padrão de vida dele é incompatível com os valores divulgados
na Itália e na Suíça", afirma.
Vaughn Neto, que é advogado tributarista, prestou serviços de planejamento tributário
para a Parmalat, segundo seu
defensor. Estigaribia diz que o
tributarista foi contratado por
Luca Sala, com quem chegou a
manter uma sociedade na área
de assistência tributária.
Segundo o advogado, seu
cliente só cuidava dos aspectos
legais da assessoria tributária.
"Ele fazia a análise jurídica dos
contratos, nunca conheceu a
operação por inteiro."
Todos os trabalhos feitos por
Vaughn Neto, segundo seu advogado, foram analisados e
aprovados por escritórios de
advocacia independentes. "Do
ponto de vista jurídico, não há
nenhuma suspeita de ilegalidade. Os contratos passaram por
perícia na Itália, e a conclusão é
a de que não havia ilegalidades", ressalta.
O advogado não respondeu
se o seu cliente abriu uma conta
na Suíça, como acusa a procuradoria daquele país. Diz só que
"se essa conta foi movimentada
por alguém ou recebeu aportes
ilegais, o Melford nunca teve
conhecimento dessa movimentação". De acordo com o advogado, seu cliente nunca foi laranja de Sala ou de alguém da
Parmalat. "Ele nunca foi um
empresta-nome", conta.
O médico ortopedista Artur
Cleber Telini diz que não cometeu nenhuma irregularidade, mas não quis dar entrevista
à Folha: "Não tenho nada a ver
com essa história. Só vou me
manifestar quando acabar a investigação".
A Folha pediu para entrevistar seu advogado, mas Telini
contou que ele também não daria declarações até a conclusão
das apurações sobre os desvios
da Parmalat no Brasil.
A reportagem deixou três
mensagens na última semana
na residência de Andrea Sala,
mas ele não ligou de volta para
o jornal. A Folha solicitou à
mulher de Sala o nome do advogado do executivo, também
sem sucesso.
A reportagem não conseguiu
localizar na última sexta-feira
o advogado de Antonio Pires de
Almeida.
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