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PRIVATIZAÇÃO
Bradesco leva banco do AM por R$ 182 mi
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O Bradesco deu ontem mais um
passo em seu processo de expansão: comprou, em leilão de privatização realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, o BEA
(Banco do Estado do Amazonas)
por R$ 182,14 milhões.
Em um leilão sem disputa, o
Bradesco foi o único a apresentar
proposta pelo BEA, o décimo
banco estadual privatizado. Também havia sido o único a depositar garantias. O Itaú chegou a se
pré-qualificar, mas desistiu.
Resultado: o banco foi vendido
com ágio de apenas 0,00024% sobre o preço mínimo de R$
182.913.570,00. Com a compra do
BEA, o número de bancos estaduais adquiridos pelo Bradesco
subiu para três. A instituição já
era dona do Baneb (Bahia) e Credireal (Minas).
O Itaú, porém, ainda lidera as
aquisições de bancos públicos,
com quatro. São eles: Banerj
(Rio), Bemge (Minas), Banestado
(Paraná) e o BEG (Goiás), arrematado no mês passado por R$
665 milhões.
Com o negócio, o Bradesco vai
ficar com a rede de 36 agências do
BEA no Amazonas. Somadas as
14 que já tinha no Estado, o grupo
Bradesco passará a controlar 40%
do mercado amazonense.
O diretor-executivo do Bradesco, Sérgio de Oliveira, afirmou
que existe no Estado um alto potencial de crescimento, pois a média é de apenas 3.000 clientes por
agência no Amazonas.
O negócio, no entanto, não altera o ranking do setor. O Bradesco
permanece em segundo -atrás
do Banco do Brasil-, com ativos
totais de R$ 117,012 bilhões. Sem o
BEA, o Bradesco tinha R$ 116,390
bilhões em ativos.
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