São Paulo, sexta-feira, 25 de janeiro de 2002

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PRIVATIZAÇÃO

Bradesco leva banco do AM por R$ 182 mi

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O Bradesco deu ontem mais um passo em seu processo de expansão: comprou, em leilão de privatização realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, o BEA (Banco do Estado do Amazonas) por R$ 182,14 milhões.
Em um leilão sem disputa, o Bradesco foi o único a apresentar proposta pelo BEA, o décimo banco estadual privatizado. Também havia sido o único a depositar garantias. O Itaú chegou a se pré-qualificar, mas desistiu.
Resultado: o banco foi vendido com ágio de apenas 0,00024% sobre o preço mínimo de R$ 182.913.570,00. Com a compra do BEA, o número de bancos estaduais adquiridos pelo Bradesco subiu para três. A instituição já era dona do Baneb (Bahia) e Credireal (Minas).
O Itaú, porém, ainda lidera as aquisições de bancos públicos, com quatro. São eles: Banerj (Rio), Bemge (Minas), Banestado (Paraná) e o BEG (Goiás), arrematado no mês passado por R$ 665 milhões.
Com o negócio, o Bradesco vai ficar com a rede de 36 agências do BEA no Amazonas. Somadas as 14 que já tinha no Estado, o grupo Bradesco passará a controlar 40% do mercado amazonense.
O diretor-executivo do Bradesco, Sérgio de Oliveira, afirmou que existe no Estado um alto potencial de crescimento, pois a média é de apenas 3.000 clientes por agência no Amazonas.
O negócio, no entanto, não altera o ranking do setor. O Bradesco permanece em segundo -atrás do Banco do Brasil-, com ativos totais de R$ 117,012 bilhões. Sem o BEA, o Bradesco tinha R$ 116,390 bilhões em ativos.


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