São Paulo, sábado, 25 de janeiro de 2003 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES ADM arrojada Uma semana após anunciar a duplicação da capacidade da fábrica de Rondonópolis (MT), a ADM (Archer Daniels Midland) mostra mais avanços na moagem de soja. A empresa fechou acordo para a utilização de parte da planta industrial da Braswey, de Cambé (PR). A ADM deverá moer 250 mil toneladas por ano na indústria paranaense. A empresa não quis comentar o acordo. Avanço rápido Em cinco anos de Brasil, a ADM já tem seis fábricas, com potencial de moagem de 3 milhões de toneladas de soja por ano. Em 2004, passa para 4 milhões. No ano passado, a empresa teve faturamento de US$ 1,2 bilhão no Brasil e de US$ 1,5 bilhão na América Latina. Lucro no álcool A ADM divulgou ontem nos EUA os lucros do segundo trimestre, terminado em dezembro: atingiram US$ 297 milhões, contra US$ 341 milhões do mesmo período anterior. A redução ocorreu devido às margens menores nas moagens de soja e de trigo. Já na moagem de milho, devido ao aumento na produção de álcool, houve crescimento nas receitas. Podia ser evitado Uma das causas da falta de álcool no ano passado foi o baixo preço do produto no final do primeiro semestre. Os produtores se assustaram e passaram a produzir mais açúcar do que álcool. Excesso de oferta A queda nos preços ocorreu porque a Petrobras colocou estoques acima da demanda no mercado para fazer caixa. A oferta do combustível acima do previsto coincidiu com o período de safra e derrubou ainda mais os preços do álcool. Não cai mais Os preços do leite não devem cair mais nesta safra, se neste mês forem mantidos os valores de dezembro. A avaliação é de Adir Salla, presidente da Cativa (Cooperativa Agropecuária de Londrina Ltda). Ele diz que em março a demanda começa a ficar maior e não haverá espaço para quedas. Ainda não atrai Salla diz que, apesar da melhora dos preços, a atividade não está crescendo. Os produtores se preocupam com os altos custos da produção devido à alta do milho, farelo de soja, ração e outros insumos que seguem as cotações do dólar. Reflexo na indústria A indústria de torrefação diz que a oferta de café é restrita neste início de ano. Além disso, as indústrias afirmam que pagam R$ 140 por saca, 27% mais do que no final de 2002. Indústria e varejo devem entrar em negociação para ajuste de preços. Com muito apoio Clayton Campanhola tomou posse ontem na Embrapa com presença de três ministros: Agricultura, Segurança Alimentar e Combate à Fome e Meio Ambiente. Todos esperam grande cooperação da empresa de pesquisa. Para Roberto Rodrigues, da Agricultura, a Embrapa não pode ficar a reboque dos avanços tecnológicos. Em alta O milho negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros voltou a subir ontem. O contrato de março foi negociado a R$ 19 por saca, 1,1% a mais do que no dia anterior. O quadro apertado de oferta do produto está esquentando o mercado futuro. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bovespa fecha abaixo dos 11 mil pontos Próximo Texto: Aviação civil: Venda de parte da Gol gera "saia justa" Índice |
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