São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2004 |
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MUITO ALÉM DO PIB Retomada da economia dos EUA não reativa mercado de trabalho nem reduz endividamento das famílias Dívida de americanos atinge US$ 2 trilhões
Os benefícios da recente recuperação da
economia americana ainda não atingiram a
classe média e os assalariados com rendimentos mais baixos. O endividamento das pessoas
físicas nos EUA - exceto gastos com hipotecas- cresceu ao longo de 2003 e atingiu US$ 2
trilhões em novembro. Esse valor equivale a
tudo o que é produzido pela economia brasileira durante um prazo de quatro anos. Além
disso, as falências pessoais continuam crescendo e devem bater novo recorde neste ano.
No mercado de trabalho, a surpreendente expansão da economia americana no terceiro
trimestre de 2003 -a uma taxa anualizada de
8,2%- não foi capaz de deflagrar uma fase
virtuosa. Nos últimos cinco meses, apenas 278
mil empregos foram criados no país. Em outros períodos de crescimento da economia
americana, esse era o número de empregos
criados em apenas 30 dias. "Os EUA estão redefinindo o conceito de "jobless recovery" [recuperação sem criação de empregos]", diz
Stephen Roach, economista-chefe do banco
de investimentos Morgan Stanley. "No começo dos anos 90, tivemos uma recuperação com
baixa criação de empregos que durou 15 meses. Agora, já atingimos o 25º mês e não há indícios de que o fim esteja próximo", afirma. |
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