|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Estrangeiro tira R$ 1,65 bi da Bovespa até o dia 19
Bolsa, no entanto, deixa o vermelho e sobe 0,48% no ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Janeiro tem sido um mês
ruim para a Bolsa de Valores de
São Paulo no que se refere à entrada líquida de capital externo. Até o dia 19 deste mês, o saldo das operações realizadas pelos investidores estrangeiros
na Bolsa paulista ficou negativo
em R$ 1,65 bilhão.
O balanço é resultado de vendas de ações no montante de R$
14,81 bilhões e de compras de
R$ 13,16 bilhões.
A Bovespa teve desvalorização acumulada de 2,35% até o
último dia 19.
Porém o fato de o Ibovespa (o
principal índice da Bolsa brasileira) ter subido em todos os
pregões desta semana, acumulando valorização de 2,90% no
período, indica que os investidores estrangeiros têm voltado
a comprar ações com maior interesse.
No pregão de segunda-feira,
os estrangeiros mais compraram que venderam ações brasileiras no montante de R$ 86,5
milhões.
Esse segmento de investidores é responsável por aproximadamente 35% das operações
feitas na Bolsa.
A Bolsa não sofreu mais no
período porque outros dois
grupos importantes de investidores mais compraram que
venderam ações em janeiro até
o dia 19.
No período, os negócios do
investidor institucional (como
fundos de pensão), a segunda
maior categoria, com 27% do
mercado, tiveram balanço positivo de R$ 1 bilhão. As operações do investidor pessoa física
tiveram saldo líquido positivo
de R$ 358,9 milhões.
Ontem, a Bolsa paulista terminou seu pregão com valorização de 1,15%.
No ano, o Ibovespa conseguiu sair do vermelho e passou
a registrar alta de 0,48%.
O cenário externo tranqüilo
favoreceu a Bovespa. A ação Petrobras PN, a de maior peso da
Bolsa, subiu 0,85%.
Em Nova York, o índice Dow
Jones ganhou 0,7% e atingiu
nível recorde. A Bolsa eletrônica Nasdaq teve valorização ainda mais expressiva, de 1,43%.
As ações preferenciais do
Bradesco, que anunciou ontem
a compra do banco BMC, terminaram o pregão com valorização de 0,89%.
A Fitch Ratings colocou ontem em "observação positiva"
os ratings de longo prazo em
moeda estrangeira e local do
BMC, após a operação de venda
ao Bradesco.
O dólar recuou para R$ 2,129,
em baixa de 0,19%.
Juros
O pregão da BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros) de ontem foi agitado, com um número quase 30% maior de contratos DI negociados que no dia
anterior.
Mas a taxa do DI (Depósito
Interfinanceiro) que vence no
fim deste mês pouco oscilou, ao
recuar de 12,90% para 12,89%
ao ano.
Essa taxa indicava que o mercado estava dividido entre os
que esperavam que o Copom
cortasse a Selic em 0,25 ponto e
os que contavam com redução
de 0,50 ponto percentual.
O mercado financeiro encerrou os seus pregões de ontem
antes de o Copom (Comitê de
Política Monetária) anunciar
sua decisão em relação à taxa
básica de juros da economia
brasileira.
A reação dos investidores à
decisão do Copom só será sentida na sexta-feira. Hoje, o feriado de aniversário da cidade
de São Paulo fechará as Bolsas.
Como o mercado já estava
posicionado à espera de mais
uma redução na taxa básica, a
reação à decisão não deve ser
muito expressiva.
Na sexta-feira, a PDG Realty
Empreendimentos fará sua estréia no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: União teme dificuldade para prorrogar CPMF Próximo Texto: Vaivém das commodities Índice
|