São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

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Estrangeiro tira R$ 1,65 bi da Bovespa até o dia 19

Bolsa, no entanto, deixa o vermelho e sobe 0,48% no ano

DA REPORTAGEM LOCAL

Janeiro tem sido um mês ruim para a Bolsa de Valores de São Paulo no que se refere à entrada líquida de capital externo. Até o dia 19 deste mês, o saldo das operações realizadas pelos investidores estrangeiros na Bolsa paulista ficou negativo em R$ 1,65 bilhão.
O balanço é resultado de vendas de ações no montante de R$ 14,81 bilhões e de compras de R$ 13,16 bilhões.
A Bovespa teve desvalorização acumulada de 2,35% até o último dia 19.
Porém o fato de o Ibovespa (o principal índice da Bolsa brasileira) ter subido em todos os pregões desta semana, acumulando valorização de 2,90% no período, indica que os investidores estrangeiros têm voltado a comprar ações com maior interesse.
No pregão de segunda-feira, os estrangeiros mais compraram que venderam ações brasileiras no montante de R$ 86,5 milhões.
Esse segmento de investidores é responsável por aproximadamente 35% das operações feitas na Bolsa.
A Bolsa não sofreu mais no período porque outros dois grupos importantes de investidores mais compraram que venderam ações em janeiro até o dia 19.
No período, os negócios do investidor institucional (como fundos de pensão), a segunda maior categoria, com 27% do mercado, tiveram balanço positivo de R$ 1 bilhão. As operações do investidor pessoa física tiveram saldo líquido positivo de R$ 358,9 milhões.
Ontem, a Bolsa paulista terminou seu pregão com valorização de 1,15%.
No ano, o Ibovespa conseguiu sair do vermelho e passou a registrar alta de 0,48%.
O cenário externo tranqüilo favoreceu a Bovespa. A ação Petrobras PN, a de maior peso da Bolsa, subiu 0,85%.
Em Nova York, o índice Dow Jones ganhou 0,7% e atingiu nível recorde. A Bolsa eletrônica Nasdaq teve valorização ainda mais expressiva, de 1,43%.
As ações preferenciais do Bradesco, que anunciou ontem a compra do banco BMC, terminaram o pregão com valorização de 0,89%.
A Fitch Ratings colocou ontem em "observação positiva" os ratings de longo prazo em moeda estrangeira e local do BMC, após a operação de venda ao Bradesco.
O dólar recuou para R$ 2,129, em baixa de 0,19%.

Juros
O pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) de ontem foi agitado, com um número quase 30% maior de contratos DI negociados que no dia anterior.
Mas a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) que vence no fim deste mês pouco oscilou, ao recuar de 12,90% para 12,89% ao ano.
Essa taxa indicava que o mercado estava dividido entre os que esperavam que o Copom cortasse a Selic em 0,25 ponto e os que contavam com redução de 0,50 ponto percentual.
O mercado financeiro encerrou os seus pregões de ontem antes de o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciar sua decisão em relação à taxa básica de juros da economia brasileira.
A reação dos investidores à decisão do Copom só será sentida na sexta-feira. Hoje, o feriado de aniversário da cidade de São Paulo fechará as Bolsas.
Como o mercado já estava posicionado à espera de mais uma redução na taxa básica, a reação à decisão não deve ser muito expressiva.
Na sexta-feira, a PDG Realty Empreendimentos fará sua estréia no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo.
(FABRICIO VIEIRA)


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