São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

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Vaivém das commodities

ALESSANDRA KIANEK - akianek@folhasp.com.br

ETANOL NOS EUA
O Brasil deve ser beneficiado com o aumento do consumo de etanol nos Estados Unidos -de acordo com a intenção anunciada no discurso de Bush. Na forma direta, esse efeito virá por meio do incremento da exportação brasileira de etanol e, indiretamente, pelo crescimento das vendas ao exterior de milho e soja e na sustentação dos preços internos dessas commodities.

BUSCA POR MERCADOS
Para o economista e analista da área de bioenergia da consultoria Safras & Mercado, Miguel Biegai, é improvável que os EUA consigam atingir a meta de atender a demanda anual de 132,5 bilhões de litros de etanol projetada para 2017 -hoje produzem cerca de 20 bilhões de litros-, o que obrigará o país a entrar no mercado internacional para suprir necessidades.

TARIFA
A necessidade norte-americana por etanol deve flexibilizar as importações, que hoje são taxadas com imposto de importação de US$ 0,142 por litro, diz Biegai. O Brasil vendeu diretamente para os americanos no ano passado 1,7 bilhão de litros, dos 17,5 bilhões produzidos na safra 2006/07.

SUBSÍDIOS
O discurso do presidente norte-americano, George W. Bush, no qual propôs aumentar o uso do etanol no país, sinalizou o que deve ser aprovado na lei de política agrícola deste ano: maiores subsídios para as produções de milho e de etanol, na opinião do analista Biegai.

REAÇÃO EM CHICAGO
No pregão de terça, com a expectativa sobre o discurso de Bush, o milho havia fechado em alta de 1,2% na Bolsa de Chicago. Ontem, o mercado interpretou que o discurso confirmou a necessidade de biocombustíveis, mas que não trouxe nenhuma novidade, o que levou o preço do milho a recuar 2%.

FRANGO MAIS CARO
Com a redução da quantidade de animais para o abate, o preço do frango voltou a subir ontem nas granjas do interior paulista. O quilo da ave viva foi comercializado a R$ 1,40. Neste mês, o aumento é de 7,7%.

FLORESTA PRESERVADA
Dados divulgados pelo IBGE mostram que 85,3% da madeira em tora produzida no país vem do cultivo de florestas plantadas e a receita na atividade florestal já atinge R$ 10,3 bilhões por ano no país.

PAPEL E CELULOSE
Para o presidente do Florestar São Paulo, Armando Santiago, os números do IBGE refletem a preocupação das indústrias de papel e celulose e fabricantes de produtos de madeira em reduzir a pressão sobre as florestas nativas.


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